Investigações feitas nesta quarta-feira constataram o vazamento do produto durante transferência entre recipientes. Mais de 100 mil litros de água foram utilizados para combater o fogo
O chefe do Serviço de Segurança Contra Incêndio em Criciúma e perito de incêndio, tenente Eduardo Henrique Ribeiro, confirmou nesta quarta-feira, dia 18, que o vazamento de um produto inflamável teria sido o causador do incêndio em uma indústria química de Criciúma.
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Incêndio de grandes proporções atinge indústria de plástico em Criciúma
O incêndio ocorreu na tarde desta terça-feira, dia 17, no bairro Próspera, e mobilizou mais de 40 bombeiros da região no combate às chamas.
“Investigações iniciaram nesta quarta-feira e constataram que o incêndio ocorreu durante a transferência de uma substância inflamável de um recipiente para outro, ainda que a empresa tenha atendido a todos os requisitos de segurança para a execução dessa atividade. Durante essa transferência, a causa da ignição teria sido eletricidade estática”, explicou o perito.
Por se tratar se incêndio de grandes proporções foram acionados recursos adicionais do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, apoiando as cidades de Araranguá, Forquilhinha, Içara e Morro da Fumaça. Foi acionado ainda, reforço do 8º Batalhão de Bombeiros Militar, sediado em Tubarão. A operação contou com o suporte da Polícia Militar, Polícia Militar Rodoviária, Guarda de Trânsito Municipal, Defesa Civil Estadual, Defesa Civil Municipal, prefeitura de Criciúma e Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Conforme os bombeiros, a princípio, a empresa estava realizando transbordo do material tolueno (solvente), onde houve um vazamento do produto e um faiscamento, dando início ao incêndio em uma área de 200 metros quadrados que foi totalmente consumida pelas chamas.
Foi verificado que o material químico pertencente a empresa (Tolueno, acetato de etila, acetona vertical, metiletilcetona e acetato de vinila) havia avançado pelo sistema pluvial/esgoto da área atingida, sendo a evacuação do perímetro (500m) necessária para garantir a segurança da população e o término dos trabalhos. Para conter o avanço do material incandescente na rede pluvial, foi utilizado LGE (Líquido Gerador de Espuma) na canalização.
Ao todo a operação contou com mais de 40 bombeiros, 6 caminhões de combate incêndio, 2 ambulâncias e 3 caminhonetes 4x4 para apoio logístico na operação. Foram gastos aproximadamente 130 mil de água, 500 litros de LGE (Líquido gerador de espuma).
A operação se estendeu até as 19h30, onde foram verificadas as edificações da circunscrição, com aparelho de detecção de gases, para garantir a segurança e circulação do perímetro.