Brasileira faz a maior nota da história na fase de manobras, e mantém vivas as chances de ir à final
Atual vice-campeã olímpica, a brasileira Rayssa Leal não teve um bom início, mas conseguiu se recuperar e tem chance de ir à final do skate street em Paris-2024 que acontece neste domingo, às 12h (de Brasília), e reúne as oito melhores skatistas.
No skate street, as competidoras têm duas voltas de 45 segundos e cinco manobras únicas. A melhor nota na fase de voltas e as duas melhores na de manobras entram na contagem final.
Na primeira parte da disputa, as duas voltas de 45 segundos, Rayssa não foi bem e conseguiu como melhor nota 59,88, a menor entre as competidoras da terceira bateria. A adolescente de 16 anos chorou na beira da pista antes de iniciar as manobras. “Eu estava um pouco nervosa e eu precisava de alguma coisa para manter o ânimo e minha família é o principal, eu precisava do abraço deles, e isso me motivou a continuar, porque eu fiquei muito chateada”, afirmou.
Sob pressão, ela buscou a recuperação. Conseguiu 85,87 na primeira tentativa e 88,87 na segunda e naquele momento já era a melhor da bateria. Recebeu 92,68, a maior nota da história olímpica, na terceira manobra e zerou nas duas últimas tentativas. Terminou com 241,43. Faltando uma bateria com cinco atletas, sendo duas japonesas, a brasileira é a quinta colocada.
As outras duas brasileiras na disputa não conseguiram avançar à final. Pamela Rosa terminou com 205,23, e Gabi Mazetto fechou com 145,75.
“É até engraçado, parece que a história se repete”, afirmou Pamela à Cazé TV. “Dois dias antes da competição eu torci o pé de novo. Só de estar aqui e representar o skate feminino para mim é gratificante”, completou ela, chorando.
A brasileira se referia ao que aconteceu nos Jogos de Tóquio, em 2021, quando era uma das principais favoritas ao pódio na estreia olímpica do skate. Ela era a líder do ranking mundial, mas ficou fora da final e terminou na 10ª colocação.
Depois da disputa, ela revelou que havia rompido o ligamento do tornozelo esquerdo dois dias antes de viajar ao Japão.
“Tô bem feliz. Realizei um sonho”, afirmou Gabi, que disputou a Olimpíada pela primeira vez. “Skate é isso, a gente acerta, a gente erra.”
As informações são do portal Estadão