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SAÚDE E BEM ESTAR

Anvisa aprova tratamento inovador contra câncer agressivo no sangue

Aprovação amplia alternativas de tratamento para pacientes que não respondem à quimioterapia convencional.

21/08/2025 12h07 | Por: Narciso Barone- Redação SIte On
Foto: rawpixel.com

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou novas indicações para o medicamento Tibsovo (ivosidenibe), desenvolvido pelo laboratório Servier. O fármaco passa a ser uma opção de tratamento para adultos diagnosticados com leucemia mieloide aguda (LMA) que apresentam mutação no gene IDH1, condição identificada por meio de exames genéticos.

Essa aprovação é considerada um avanço importante, já que a LMA é uma doença agressiva, de rápida evolução e que representa de 20% a 30% dos casos de leucemia no Brasil.

O que é leucemia mieloide aguda?

A leucemia mieloide aguda é um tipo de câncer que compromete as células da medula óssea, dificultando a produção de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Isso leva a sintomas como:

  • fadiga intensa,

  • maior risco de infecções,

  • sangramentos frequentes.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra cerca de 11,5 mil novos casos de leucemia por ano, e a LMA representa até 3,4 mil desses diagnósticos anuais.

Como funciona o Tibsovo no tratamento da LMA?

O Tibsovo é uma terapia-alvo. Isso significa que ele atua diretamente na mutação genética IDH1 R132, encontrada em alguns pacientes. A aprovação da Anvisa contempla dois grupos:

  1. Pacientes recém-diagnosticados com mutação em IDH1 que não podem receber quimioterapia intensiva, em combinação com outro medicamento, a azacitidina.

  2. Pacientes com a mutação IDH1 que não responderam ao tratamento anterior.

Resultados que aumentam a sobrevida

A decisão foi baseada em estudos clínicos de fase 3 que mostraram benefícios relevantes:

  • A combinação de Tibsovo com azacitidina elevou a sobrevida média para 29,3 meses, contra 7,9 meses do grupo controle.

  • O risco de morte foi reduzido em 56%.

  • Quase metade dos pacientes alcançou remissão completa da doença.

  • Muitos deixaram de precisar de transfusões de sangue, ganhando mais qualidade de vida.

O que dizem os especialistas?

Para Fabio Pires, hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, os resultados reforçam a relevância da aprovação:

“A combinação é uma opção eficaz e bem tolerada, trazendo esperança para uma população que antes tinha poucas alternativas de tratamento.”

A diretora de Oncologia da Servier do Brasil, Fernanda Salek, também destacou o impacto da decisão:

“O Tibsovo introduz no Brasil a primeira terapia direcionada para pacientes com leucemia mieloide aguda e mutação em IDH1, oferecendo uma alternativa concreta para casos de difícil manejo.”

Por que essa aprovação é importante?

A chegada do Tibsovo amplia as opções para médicos e pacientes, principalmente em casos em que a quimioterapia não é viável ou já não surtiu efeito. Trata-se de um marco para a oncologia no Brasil, trazendo um recurso inovador que pode prolongar a vida e reduzir o sofrimento de pessoas diagnosticadas com a LMA.

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