Até esta quinta-feira, dia 8, o Estado tinha quatro de sete regiões de saúde sem vagas para crianças
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por determinação do governador Jorginho Mello, abriu um chamamento público para credenciar hospitais com leitos de Unidade de Terapia Intensiva neonatal e pediátrica a fim de atender a demanda de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina por macrorregião.
De acordo com informações da NSC, até esta quinta-feira, dia 8, o Estado tinha quatro de sete regiões de saúde sem vagas para crianças, cenário de lotação que se estende desde maio.
A contratação busca parcerias com os hospitais públicos e também os privados com ou sem fins lucrativos. As unidades terão até 30 de junho para manifestar interesse.
As instituições que enviarem a documentação, antes do fim do prazo de credenciamento, já poderão ser contratadas para começar a atender a demanda de pacientes do SUS de Santa Catarina. A seleção será feita com as entidades hospitalares prestadoras de serviços de assistência à saúde, que possuam atendimento de urgência e emergência, porta aberta ou referenciada, e com internações hospitalares e atendimento ambulatorial para pacientes de todo o Estado.
O hospital deverá prover todos os procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos necessários ao tratamento desde a internação até a alta do paciente, ou até que a Central de Regulação Hospitalar do Estado autorize a remoção do mesmo para outro hospital/leito SUS. As instituições prestarão serviços à SES conforme se fizer necessário, mediante solicitação da Central de Regulação Hospitalar, após assinatura de contrato, nos termos do Edital.
O edital não define um número de leitos que poderão ser contratados.
Cenário de lotação
Na manhã desta quinta, Santa Catarina tinha disponíveis apenas quatro de seus 131 leitos públicos de UTI para crianças. Estavam lotados os hospitais infantis das regiões de saúde do Grande Oeste, Meio-Oeste e Serra, Grande Florianópolis e Sul catarinense, que somam 58 vagas de UTI pediátricas juntas.
No caso dos pacientes bebês, estavam desocupados 30 de 250 leitos. Ainda assim, as regiões de saúde do Grande Oeste e da Foz do Rio Itajaí estavam 100% lotadas, com 20 e 15 vagas neonatais, respectivamente.
A gestão Jorginho Mello (PL) afirma que a rede de saúde é pressionada por casos de dengue e doenças respiratórias, agravadas pela baixa cobertura vacinal.