Vestidos de preto e com cartazes em mãos, profissionais buscam repasses de informações sobre o piso salarial
Dezenas de profissionais de enfermagem do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) se reuniram em frente ao portão dos fundos da instituição para um protesto no final da tarde desta terça-feira, dia 24, em Tubarão.
Vestidos de preto e com cartazes nas mãos com frases como: “heróis na pandemia, hoje palhaços”, “cadê o dinheiro?”, os manifestantes atenderam a uma convocação do SindSaúde de Tubarão e Região.
De acordo com a convocação, o ato foi realizado pela garantia de direito em lei que é receber as diferenças do piso nacional da enfermagem. “Em silêncio, a Direção do hospital se mantém sem se quer conversar com os trabalhadores que estão sem saber o que realmente o governo repassou à entidade”, afirma o sindicato em nota.
Segundo a presidente do SindSaúde, Denise Matos Freitas, o pedido é para que os trabalhadores tenham a informação concreta sobre o que foi repassado pelo governo. “Eles efetuaram pagamos para alguns funcionários, e outros não receberam nenhum valor, sem discriminação nos contracheques, valores muitos baixos. Os trabalhadores estão inconformados com essa situação, sem entender nada”, comenta.
Conforme o sindicato, o HNSC conta com cerca de 700 profissionais atuantes nesta área da enfermagem.
Nesta segunda-feira, dia 23, o HNSC emitiu uma nota oficial sobre o assunto informando que assim como demais instituições de saúde, repassou as esferas governamentais todas as informações necessárias para o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem (PNE).
“Foi realizado um amplo processo de levantamento de dados dos(as) dos profissionais da enfermagem que atuam na instituição para que permitisse uma melhor apuração dos valores a serem repassados a cada um. Mas destacamos que não foi o HNSC que realizou os cálculos do piso aplicado considerando o vencimento de cada profissional, e sim os órgãos governamentais. O que a Instituição fez a partir do momento que recebeu os valores foi repassá-los aos colaboradores da área.
Estamos em contato com as esferas governamentais para entender como foram feitos os cálculos e entender quais os critérios utilizados por eles para a equiparação do PNE.”