Cerca de 100 pássaros exóticos foram apreendidos, alguns com sinais de maus-tratos
A Secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Fiscalização realizou uma ação conjunta de fiscalização para apurar uma denúncia recebida por meio da plataforma Rever, sobre um possível crime ambiental envolvendo a criação irregular de aves silvestres.
A operação ocorreu na região de Araçatuba e contou com o apoio da Polícia Militar e da Defesa Civil. Também participaram da ação, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Centro de Bem-estar Animal e o Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Ao chegar ao local da ação, foram encontradas cerca de 120 aves silvestres sem registro legal, algumas delas apresentando sinais visíveis de maus-tratos.
O responsável, que estava presente no local, teve um termo circunstanciado lavrado, além de ser submetido às sanções aplicadas pelo IMA.
Os animais que apresentavam indícios de maus-tratos foram encaminhados pelo IMA ao hospital veterinário universitário da Unisul, no município de Tubarão. Os demais ficaram sob a responsabilidade do próprio instituto.
Segundo o biólogo do Instituto do Meio Ambiente (IMA) Matias Ardanz, todos os pássaros estão sendo avaliados. “Vamos analisar todos para verificar a situação deles e a condição de saúde. Todos os que não têm anilha e a documentação necessária estão sendo recolhidos”, declarou.
A Secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Fiscalização reforça a importância das denúncias feitas pela população por meio do Rever. “As denúncias contribuem diretamente para as nossas ações e são de suma importância. Crimes ambientais são passíveis de penalidades conforme a legislação vigente, e ações como esta demonstram o nosso compromisso com a fiscalização”, declarou o Secretário da pasta, Adriano dos Passos.
Animais apreendidos são encaminhados ao Ceptas da Unisul
O Centro de Pesquisas e Triagem de Animais Silvestres (Ceptas) da Unisul recebeu diversos animais silvestres apreendidos no município de Imbituba. A maioria das espécies encaminhadas são exóticas, ou seja, não fazem parte da fauna nativa do Brasil.
Segundo os coordenadores do Ceptas, esse tipo de ocorrência traz uma reflexão importante: “Espécies exóticas não podem ser reintroduzidas na natureza. Isso porque elas podem representar sérios riscos ao equilíbrio dos ecossistemas, como a competição com espécies nativas por alimento e abrigo, a transmissão de doenças e até a alteração de cadeias alimentares. Nosso trabalho, nesses casos, é garantir o bem-estar desses animais e buscar alternativas legais e seguras para seu destino, respeitando sempre a legislação ambiental”, explicam.