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SEGURANÇA

Estudante autista é vítima de agressão e injúria racial em escola de Tubarão

Um boletim de ocorrência foi registrado e escola acionou o protocolo de escuta especializada 

Tubarão , 20/08/2025 11h45 | Atualizada em 20/08/2025 12h14 | Por: Redação Folha Regional
Divulgação/Folha Regional

Uma adolescente de 13 anos foi vítima de agressão e injúria racial nesta semana em uma escola estadual de Tubarão. O caso ocorreu na EEF Prof. Noé Abati e foi divulgado em um vídeo compartilhado pela professora de Tubarão Day Vieira em suas redes sociais. 

Segundo a mãe da adolescente, a filha é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e está no 7º ano com acompanhamento do segundo professor. 

Conforme o relato da mãe, a filha entrou em discussão com uma outra estudante, que também tem diagnóstico de transtorno, e na última segunda-feira, dia 18, ambas iniciaram uma briga por causa de uma mochila. Ao chegar na aula de educação física, a outra estudante agrediu a autista causando lesões em seu pescoço. 

Durante a discussão, a agressora chegou a chamar a vítima de “preta nojenta”. A briga foi presenciada por outros estudantes até que os responsáveis separaram e os pais foram chamados na escola. 

A mãe da vítima registrou um boletim de ocorrência. “Eu me alterei ao ver minha filha naquela situação. Ela chorava muito. Essa não é a primeira vez que ela sofre racismo, isso é muito doloroso”, conta a mãe. 

A direção da escola confirmou o caso de agressão seguido de injúria racial e tomou as providências cabíveis abrindo o protocolo de escuta especializada e acionando o Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola (NEPRE). A Coordenadoria Regional de Educação (CRE) foi informada do caso e ações estão sendo realizadas para conscientizar os alunos contra a violência na escola. 

Combate ao racismo

A mãe da adolescente conta que chegou a solicitar providências da escola com a expulsão da aluna agressora, porém, o ato não era possível. Para preservar a filha, a mãe fez a troca de turno e segue aflita com a situação. “Ela ficou bastante abalada. Tivemos que trocar ela de turno, já que a outra menina continua na turma. Agora está tentando se adaptar. Fiquei arrasada com essa situação”, diz.

A professora que compartilhou o caso nas redes sociais alertou para o combate ao racismo nas escolas e a necessidade de políticas públicas mais efetivas. “O motivo pelo qual trago a público esse caso, é para tentar dessa forma, avançar em políticas públicas efetivas, que nos deem respaldo na prevenção e combate ao racismo nas escolas, no enfrentamento diante desse problema que afeta em vários níveis a nossa comunidade. A aluna agredida tem TEA, o que agrava ainda mais a situação”, compartilhou.  

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