A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia da Comarca de Braço do Norte, localizou o corpo de uma mulher identificada como Jéssica Elias da Rosa, de 23 anos, que havia desaparecido no dia 21 de janeiro. 

De acordo com a Delegada Jucinês Ferreira, que comanda a investigação, três pessoas estão presas suspeitas de serem os autores do crime. “Os três presos, dois homens e uma mulher, irão responder pelos crimes de sequestro, cárcere privado, tortura, associação criminosa e ocultação de cadáver”, detalhou a delegada.

A Polícia Civil tem 30 dias para finalizar a investigação e novas diligências serão realizadas a fim de coletar elementos robustos para que seja pedida a conversão da prisão temporária em preventiva.

Conforme apurado, na madrugada do dia 21 de janeiro deste ano, a vítima encontrava-se de bicicleta, logo após sair de casa, quando foi sequestrada e mantida em cárcere privado, torturada, culminando no dia 23, na prática de homicídio qualificado, e via de consequência, na ocultação de cadáver.
Os autores fizeram uso de inúmeros artifícios a fim de despistar os crimes praticados, e inclusive encobrir suas participações.
Em coletiva nesta sexta-feira, dia 24, a delegada deu detalhes do caso. A jovem que teria sido sequestrada pela ex-sogra e atual do ex-namorado foi torturada por dois dias e morta com um mata-leão no terceiro. O corpo da jovem foi encontrado desfigurado.

Depoimento do namorado da ex-sogra aponta que a vítima apanhou até agonizar. Ela teria sido torturada por dois dias, e no terceiro, os suspeitos teriam decidido matá-la e enterrá-la.

O homem contou que um celular foi amarrado na boca da vítima, e que era possível ouvir gritos e choro durante as surras, que eram incessantes. As torturas duraram dois dias e duas noites, apontou a investigação. 

No domingo, dia 22, a vítima teria sido levada para um sítio em Braço do Norte e lá, amarrada em um colchão. O suspeito falou à polícia que chegou a dar remédios para Jéssica, mas quando voltaram para o local na segunda-feira, dia 23, não conseguiam saber se ela estava viva ou morta. O namorado da ex-sogra disse que decidiu matá-la com um mata-leão quando viu a jovem agonizando.

“Ela apanhou tanto que, em determinado momento, ele disse que não sabia mais se ela estava viva ou morta. Quando ele viu que ela estava agonizando, deu um golpe mata-leão nela. O homem disse que só fez isso a pedido da companheira. Ele relatou que, quando ficou sozinho com ela, viu que estava sentindo tanta dor que deu um dipirona para ela”, contou a delegada

Desde o dia do crime, a Polícia Civil empreendeu diversas diligências para, assim, esclarecer os fatos. 
Após o levantamento de vastos elementos informativo