Polícia aponta ex-nora das vítimas como mandante do crime que chocou comunidade religiosa
Um desdobramento da investigação sobre o assassinato dos pastores Francilene de Sousa Reis e Silva, de 42 anos, e Dorvalino das Dores da Silva, de 63 anos, ocorrido em junho deste ano em Pium (TO), levou a Polícia Civil até Joinville, no Norte de Santa Catarina. O suspeito de executar o crime, namorado da ex-nora do casal, foi preso nesta sexta-feira (26).
De acordo com a Polícia Civil, a ex-nora dos pastores não aceitava o fim do relacionamento com o filho das vítimas. Insatisfeita com a separação, ela teria ameaçado o ex-marido em diversas ocasiões, chegando a usar um perfil falso em que se passava por policial militar. Nas mensagens, a mulher afirmava que, se o casamento não fosse reatado, ele “arcaria com as consequências”.
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A investigação revelou que ela chegou a ameaçar diretamente os pais do ex-marido, o que teria motivado a trama que culminou no assassinato do casal.
Segundo a apuração, a mulher iniciou um relacionamento com o jovem de Joinville e, juntos, planejaram o crime. Eles viajaram até o Tocantins para reconhecer a região onde os pastores moravam, no assentamento Pericatu. Após o reconhecimento, ela retornou a Santa Catarina, enquanto o namorado ficou responsável pela execução.
O executor teria matado os dois a tiros e, em seguida, fugido para Palmas e depois para Goiás, antes de retornar com a companheira para Joinville.
Com o avanço das diligências, a Delegacia de Homicídios de Joinville localizou o suspeito e efetuou a prisão. A Polícia Civil não divulgou se a ex-nora, apontada como mandante, já foi detida ou se permanece foragida.
O caso ganhou grande repercussão em Pium e região, já que o casal era conhecido por sua atuação religiosa na Assembleia de Deus Madureira e não tinha histórico de inimizades.