Não é a primeira nem a segunda vez que discuto a censura do judiciário em relação às redes sociais. No entanto, nesta semana, a censura promovida pelo STF ganhou proporções internacionais. O multimilionário Elon Musk entrou na disputa contra o ministro Alexandre de Moraes devido às várias notificações contra a empresa X, anteriormente conhecida como Twitter, para que bloqueasse usuários por simples opiniões políticas. A imposição de bloqueios de contas e usuários na internet por manifestações políticas soa, no mínimo, ditatorial e não há outra explicação. A internet não é terra de ninguém, mas o que é dito na internet deve ser cobrado através das leis, e não através da censura. Se uma pessoa erra ao comentar ou falar algo, deve-se cobrar com base na norma vigente, no que está estipulado em lei, e não através de uma canetada, como esse ministro está fazendo. É uma vergonha para o Brasil esse nosso judiciário “superior”.
Título de eleitor
Até o dia 8 de maio, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) está aceitando a transferência do título de eleitor on-line para aqueles que já possuem a biometria cadastrada e mudaram-se de município. No entanto, para quem ainda não regularizou a situação da biometria, a transferência precisa ser feita de forma presencial. Na região da Amurel, o Tribunal Regional Eleitoral fica localizado em Tubarão. A situação se torna complicada quando consideramos a precariedade do transporte público nos municípios. Por exemplo, quem deseja se tornar cidadão de uma comunidade e exercer o direito de voto como no Balneário Torneiro, no extremo sul de Jaguaruna, agora precisa se deslocar cerca de 100 km, somando ida e volta, para fazer a biometria e exercer seu direito de voto. Isso dificulta o exercício desse direito para aqueles que mais precisam, como pessoas de baixa renda, sem acesso a transporte público e idosos, que podem ter que adiar seu direito de voto neste ano. Aqueles que já possuem a biometria cadastrada ainda podem realizar a transferência on-line.
Bocas alugadas
É impressionante o número de bocas alugadas em ano eleitoral, com pessoas dizendo coisas como: “Ain, não fala mal do meu político de estimação”. A população está certa em cobrar, seja qual for a demanda. Afinal, foi o cidadão quem elegeu, e ele tem todo o direito de se manifestar. Entendo até quem está em cargo comissionado e briga pelo que considera seu. Afinal, foi essa posição que lhe garantiu o emprego. Existem comissionados competentes, mas também há aqueles que têm medo de não serem notados se não bajularem. O eleitor está de olho, seja na internet, seja nas ruas. Não passe vergonha defendendo cegamente seu político de estimação.
Cotidiano
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