Os primeiros meses do governo Jorginho Mello, cujas prioridades estão sendo mais rever ou sustar as ações do antecessor, estão obtendo um efeito senão raro, pelo menos difícil de se conseguir em condições normais na Câmara de Laguna. Não é sempre, e com igual facilidade, que os vereadores se unem em torno das mesmas causas. E com a ressalva de que isso se dá menos por pressão popular, e mais por espírito de corpo, talvez a consciência social de que o município possa ser prejudicado pelas medidas do governador. Em questão tem-se aí: a Ponte do Pontal, com projeto paralisado; ameaça de fechamento da UTI sem renovação de convênio com o Estado; e a perda da Coordenadoria Regional de Educação. É só o começo do governo de Jorginho Mello, e pelo visto a cidade – onde o ex-governador mantém endereço, aliás – terá muito trabalho.
Prefeitos preocupados
Não é só Laguna. Na sexta-feira a FECAM realizou a sua primeira audiência com Jorginho Mello. Ao governador, a federação entregou um ofício com as principais inquietações dos prefeitos. Destaque para as obras do Plano 1000, que estão paralisadas ou na iminência de serem paralisadas por falta de recursos.
Fiel da balança
De olho nas eleições municipais, o deputado federal Carlos Chiodini, presidente estadual do MDB, reuniu-se nas últimas semanas com lideranças locais do partido. Chiodini diz que quer organizar o MDB para o pleito do ano que vem. O partido faz suas convenções municipais em abril, na esteira de sua nova campanha publicitária, na qual tenta se afirmar como um partido de centro, nem tão direita, nem tão esquerda. Quer ser a alternativa à disputa renhida entre esquerda e bolsonarismo. Mas a realidade tratou de se adiantar à mensagem: há quadros seus tanto no governo Lula (vide Tebet), quanto nas fileiras do bolsonarista Jorginho Mello.
Risos no plenário
“Quero lembrar a vocês que, em Içara, o pau tá comendo!”, anunciou o presidente da Câmara de Laguna, Hirã Floriano Ramos (MDB), interrompido imediatamente pelos risos do plenário. Mal recuperado da galhofa involuntária, explicou: nesta quinta-feira mais de 40 vereadores estarão no município para um ato que vai buscar pressionar o Estado a renovar os convênios com Içara, Laguna e Imbituba. Mais de 40 leitos de UTI podem ficar pelo caminho nesses hospitais.
Briga nos ares
Há poucos dias o deputado Pepê Collaço (PP) disse a uma plateia de empresários na ACIT que era preciso atenção ao movimento de lideranças da região de Criciúma que querem a reativação do aeroporto de Forquilhinha. O que pode ser uma pedra no caminho para a expansão do Regional Sul, em Jaguaruna. O governo já garantiu que as obras no Diomício Freitas logo serão retomadas.
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