Com Joares Ponticelli e Caio Tokarski declarados réus pelo Tribunal de Justiça dentro da Operação Mensageiro, o PT de Tubarão encarnou seu papel de oposição ao governo e emitiu uma nota oficial no feriado do Dia do Trabalhador recomendando o afastamento definitivo do prefeito e vice. O partido ressaltou também a necessidade, nesse caso, da escolha de novos governantes dentro do que está previsto na legislação. Ou seja, havendo vacância nos dois últimos anos de mandato, a eleição para ambos os cargos seria indireta, pela Câmara de Vereadores.
Legislativo
A nota do PT também não poupa críticas à atuação do Poder Legislativo em meio às revelações da Operação Mensageiro. O partido fala em falta de ação, no que não deixa de ter razão. Mas, considerando que o governo tem maioria folgada na Câmara, dificilmente algum dos vereadores partiria para o ataque contra o Executivo. É do jogo. Salvo as exceções de José Luiz Tancredo (MDB) e Felippe Tessmann (Podemos), que vez ou outra entram com algum questionamento sobre os contratos e prestação de serviço entre o município e o Grupo Serrana.
Processo legal
Sem cargo no Executivo ou no Legislativo, o PT fica em uma posição mais confortável para se opor ao governo de maneira incisiva, pelo menos agora com a Operação Mensageiro. Ao fim de sua nota oficial, o partido prega o respeito ao processo legal. O que faz lembrar as críticas da esquerda a uma outra operação, a Lava Jato, cujos efeitos até hoje são sentidos pelo próprio PT. É um recado coerente para quem sempre acusou a Lava Jato de abuso de poder. Não por acaso, quando Caio Tokarski entrou com recurso no STJ, um de seus advogados era Roberto Podval - membro do Prerrogativas, um grupo de advogados que questiona os métodos da Lava Jato e seus desdobramentos. O paralelo entre ambas as operações, aliás, foi um dos argumentos da defesa de Caio. Prontamente refutado pelo STJ.
Além do lixo
Ainda em fevereiro o Sindicato do/as Trabalhadores/as em Água, Esgoto e Meio Ambiente de SC (Sintaema) e o conselheiro da Casan Haneron Victor Marcos encaminharam ofício ao Ministério Público solicitando que as investigações da Operação Mensageiro não se restringissem aos contratos de resíduos sólidos do Grupo Serrana com os municípios. Eles pediam então que a apuração se estendesse também aos contratos de água e esgoto, outro braço da empresa.
Alvarás
A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Jaguaruna instaurou procedimento administrativo para apurar a regularidade dos alvarás de funcionamento (sanitários e bombeiro militar) das unidades de ensino de Jaguaruna, Treze de Maio e Sangão.
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