Fiesc emitiu posicionamento oficial destacando a importância da “conexão entre os catarinenses e seus representantes”
A possível candidatura de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina em 2026 repercutiu nos últimos dias. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é vereador pelo Rio de Janeiro, precisaria transferir seu domicílio eleitoral até março de 2026 para viabilizar a candidatura.
Com a repercussão, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) divulgou uma nota nesta terça-feira, dia 17, se posicionando contra essa possível importação.
Sem citar o nome de Carlos Bolsonaro, a entidade destacou que defende que a voz do estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses – e não por imposições externas.
“Para seguir avançando e enfrentar uma série de desafios, entre os quais os de infraestrutura, precisamos de representantes com raízes no Estado”, afirma a Fiesc na nota.
A Fiesc enfatizou na nota o que o setor privado catarinense pratica na vida real: as lideranças empresariais valorizam o mérito. É assim que as empresas avançam com a qualidade e inovação dos seus produtos e serviços nos mercados do Brasil e do exterior.
É esse mérito também que defendem e almejam para os políticos que os representam, diante de tantas demandas do estado ainda não resolvidas, que dependem do setor público.
A possível candidatura de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina teria sido apresentada por Jair Bolsonaro ao governador Jorginho Mello (PL) e outras lideranças do PL catarinense. A família já tem Flávio Bolsonaro (PL) no Senado pelo Rio de Janeiro e poderia ter como candidatos Eduardo Bolsonaro (PL) em São Paulo e Michelle Bolsonaro no Distrito Federal, além de Carlos em Santa Catarina.
Confira a nota na íntegra
SC não precisa importar candidatos para representá-la no Congresso
Confira posicionamento da FIESC sobre a importância da conexão entre os catarinenses e seus representantes
Santa Catarina tem lideranças políticas preparadas e legítimas para representá-la no Congresso Nacional. A indústria catarinense defende que a voz do estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas.
Temos um dos maiores parques industriais do Brasil, somos protagonistas nas exportações, na inovação e na geração de empregos e, graças a isso, referência nacional em qualidade de vida e segurança. Para seguir avançando e enfrentar uma série de desafios, entre os quais os de infraestrutura, precisamos de representantes com raízes no Estado.
Nossos congressistas devem estar ligados ao setor produtivo e à população catarinense, para defender com legitimidade e conhecimento de causa os nossos interesses. A FIESC valoriza a autonomia política do estado, as lideranças locais e o respeito à trajetória de um estado que nunca se curvou a projetos alheios à sua realidade.