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COTIDIANO

‘Tinha que ser pendurada em posto de gasolina’, diz colaborador da Unesc sobre Júlia Zanatta; universidade emite nota de repúdio

Universidade afirmou que medidas cabíveis foram tomadas

Criciúma, 18/06/2024 10h46 | Atualizada em 18/06/2024 11h40 | Por: Redação Folha Regional

A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) emitiu uma nota de repúdio em suas redes sociais e site oficial após uma manifestação de um funcionário que chamou a deputada federal Júlia Zanatta (PL) de fascista e afirmou que ela ‘tinha que ser pendurada em um posto de gasolina, igual os italianos fizeram com [Benito] Mussolini’.

Em nota, a universidade afirmou que medidas cabíveis foram tomadas com o colaborador e pediu desculpas à deputada. “A Unesc reitera o compromisso inalienável com o caráter plural, democrático, de respeito ao ser humano, no qual qualquer manifestação que coadune com violência ou discurso de ódio é completamente rechaçada”, diz a nota.

A Unesc reiterou que, mesmo que o comentário tenha sido realizado nas redes sociais do colaborador, o fato não deveria ter acontecido. “Lamentamos que em tempos de cultura de paz, tenham ocorrido atos como o registrado na tarde desta segunda-feira, dia 17, em que um colaborador incitou a violência contra a Deputada Federal Júlia Zanatta, por meio do discurso de ódio, ainda que em suas redes sociais pessoais”, afirma o comunicado.

A Universidade garantiu ainda que defende o diálogo, o direito ao controverso e a contribuição sob diferentes olhares, da mesma maneira coloca o respeito e a integridade acima de toda e qualquer situação.

Confira a nota:

 

Júlia Zanatta comenta ação da Unesc

A deputada federal comentou também pelas redes sociais a nota emitida pela Unesc. “A turma democrática e do amor resolveu atacar justamente a instituição e a reitora Luciane Ceretta por ter se posicionado contra a atitude de defender que o meu corpo deveria ser exposto para torturas em praça pública. Bom, imagine se isso acontecesse com uma pessoa de direita falando isso. Essas pessoas com cognição limitada iriam entrar num universo paralelo e defender justamente o contrário, linchamento de quem da direita falasse isso, porque só eles são democráticos, eles não propagam amor, para eles tudo certo”, frisou Júlia.

Júlia ainda ressaltou que pessoas que defendem que seu corpo seja exposto em praça pública não defendem a democracia. “Então o que acontece? Fica provado que não defendem a democracia, estão sendo expostos a cada dia, defendem, sim, a ditadura do pensamento único e não querem concorrência nas universidades. Então fica aqui minha solidariedade à reitora, minha solidariedade de volta, que também está sofrendo ataques pela turma do amor. Tem gente que fala, ‘mas tu não defende liberdade de expressão?’ Claro que eu defendo liberdade de expressão. Defendo, sim, mas as suas palavras têm consequências. E existem leis que você pode ser enquadrado dependendo daquilo que você fala. Não precisa de PL das fake news que nem você defende. A PL das fake news é para censurar antes de você falar. Sim, você está livre para falar, mas tem que cuidar porque algumas coisas vão ter consequências. Como diria Alexandre de Moraes, o ídolo de alguns, internet não é terra sem lei”, pontuou.

Quem foi Benito Mussolini?

Benito Mussolini foi fundador e responsável pela ascensão do facismo na Europa. Após dar um golpe de estado, o ditador assumiu o governo italiano entre 1922 e 1943. Mussolini foi executado em 1945, após a derrota da Itália na Segunda Guerra Mundial.

Com informações de Engeplus

 

 

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