Ex-presidente cumpre prisão domiciliar e pode ser transferido para a Papuda após análise de recursos
Ton Molina/STF/Divulgação/Folha Regional O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser transferido em breve para o presídio da Papuda, em Brasília, caso a Corte rejeite os embargos da defesa e confirme a pena de 27 anos em regime fechado.
Segundo interlocutores, a previsão é de que a análise dos recursos seja concluída nas próximas semanas. Há expectativa entre apoiadores de que, após eventual período inicial no presídio, Bolsonaro volte à prisão domiciliar em razão da idade e de condições de saúde.
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De acordo com informações veiculadas por colunistas, ministros do STF discutem alternativas para a forma de cumprimento da pena. Parte deles avalia que o ex-presidente poderia permanecer em casa, citando precedentes — como o caso do ex-presidente Fernando Collor — devido ao monitoramento médico contínuo.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, defende que o início do cumprimento de pena ocorra em cela individual na Papuda, equipada conforme normas de segurança previstas para ex-chefes de Estado.
Aliados próximos de Bolsonaro reconhecem, reservadamente, que eventual mobilização popular deve ser menor do que no passado.
Integrantes do entorno afirmam que as decisões judiciais tomadas ao longo dos últimos meses teriam reduzido a capacidade de mobilização dos apoiadores e diminuído a força de reação nas ruas.
A prisão domiciliar foi determinada em 4 de agosto. O primeiro embargo da defesa está pautado para julgamento virtual entre os dias 7 e 14 deste mês. Caso os recursos sejam esgotados, o STF definirá a forma de execução penal — seja em domicílio, na Papuda ou em unidade da Polícia Federal.
Aliados consideram a transferência para a Papuda como o cenário mais desfavorável. Ainda assim, fontes próximas afirmam não esperar grandes manifestações, em contraste com a mobilização vista no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018.
Desde o início da prisão domiciliar, atos em apoio ao ex-presidente têm registrado baixa adesão. Em setembro, uma vigília em frente ao condomínio onde Bolsonaro reside em Brasília reuniu cerca de 40 pessoas.
O maior ato desde então ocorreu em 7 de Setembro, principalmente na Avenida Paulista. Após a data, manifestações voltaram a ter participação reduzida, incluindo carreata realizada na capital federal.
