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COTIDIANO

Após análise, Cidasc confirma toxina e alerta para risco de consumo de mexilhões nas regiões de Florianópolis, Imbituba e Laguna

Amostras coletadas foram analisadas em laboratório que confirmou níveis acima do limite de ficotoxinas que podem causar intoxicação em humanos

Laguna , 04/01/2025 10h10 | Por: Redação Folha Regional

Amostras de mexilhões coletadas em ilhas e costões dos municípios de Florianópolis, Imbituba e Laguna, demonstraram níveis acima do limite previsto na legislação para ácido okadaico, ou seja, a detecção da presença de ficotoxinas em quantidade suficiente para causar intoxicação em humanos em caso de consumo. 

A confirmação foi divulgada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) nesta sexta-feira, dia 3, após a liberação dos resultados das análises feitas no laboratório oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

As amostras foram coletadas no último dia 29 de dezembro de 2024 com o apoio da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina (PMA), após a confirmação de diversos casos de pessoas com sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina com o consumo de mexilhões retirados de costões nos municípios mencionados. 

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O Hospital São Camilo, de Imbituba, emitiu um comunicado oficial no dia 30, confirmando o atendimento de vários pacientes com sintomas de intoxicação alimentar relacionada ao consumo de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) coletados nos costões da região.   

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A moradora de Imbituba Ana Machado Lopes foi uma das que passaram mal após consumir mariscos em uma praia de Imbituba. "Estávamos na praia do Porto onde temos um rancho. Chegou um barco com mariscos frescos que haviam sido retirados do costão. Nós adoramos e sempre comemos mariscos. Compramos uma caixa. Ontem estávamos com uma turma de amigos confraternizando lá e a maioria comeu. Comemos em torno do meio-dia. Fim de tarde fomos começando a sentir os sintomas. Dor abdominal, alguns vômito, e outros diarreia. Estamos em contato com todos e todos ainda estão se sentindo mal", comentou. Ela conta que outras pessoas também confirmaram que consumiram mariscos na região e sofreram intoxicação. 

Com a confirmação da ocorrência de “maré vermelha” - um fenômeno natural causado pela presença e proliferação de algas tóxicas, com reflexos ambientais e risco à saúde humana, que acontece principalmente durante as altas temperaturas – a Cidasc mantém o alerta:

Não é recomendado o consumo de moluscos bivalves retirados de costões e ilhas dos municípios afetados;

Dê preferência pelo consumo de moluscos bivalves provenientes de áreas de cultivo onde a Cidasc realiza monitoramento durante o ano todo;

Nas áreas de cultivo onde é realizado o monitoramento da presença de ficotoxinas não foi detectada presença da toxina em moluscos, portanto está liberada a retirada, o consumo e a comercialização destes animais;

Os restaurantes e consumidores devem atentar para adquirirem moluscos bivalves com Serviço de Inspeção Oficial (SIM, SIE, SIF), garantindo assim a procedência e inocuidade destes produtos.

A toxina não prejudica a saúde destes animais aquáticos, mas pode provocar sintomas gastrointestinais em humanos que se alimentarem da carne dos moluscos bivalves em que ela esteja presente. 

Enjoo, diarreia e vômito podem ser sintomas de intoxicação: neste caso, busque atendimento médico e notifique a Vigilância Sanitária e a Cidasc pelo número da Ouvidoria de Santa Catarina 0800 644 8500.

Monitoramento constante

Nas amostras coletadas em áreas de produção (fazendas marinhas) dos municípios de Florianópolis e de Palhoça não foram detectadas a presença de ficotoxina e, portanto, o consumo de moluscos provenientes dessas áreas não oferece risco à saúde pública. 

Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos e realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo de moluscos bivalves. O Molubis: Programa Nacional de Moluscos Bivalves Seguros é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.

Folha Regional

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