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COTIDIANO

Hospital de Imbituba atende casos de intoxicação alimentar e alerta população para consumo de mariscos

Em nota, Hospital São Camilo afirma ter acionado a Vigilância Sanitária e orienta que se evite o consumo de moluscos bivalves

Imbituba, 31/12/2024 11h30 | Por: Redação Folha Regional

O Hospital São Camilo, de Imbituba, emitiu um comunicado oficial nesta segunda-feira, dia 30, confirmando o atendimento de vários pacientes com sintomas de intoxicação alimentar relacionada ao consumo de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) coletados nos costões da região.  

O número de casos de pessoas que apresentaram intoxicação alimentar após consumir mariscos coletados na região de Laguna e Imbituba aumentou consideravelmente nos últimos dias.

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Consumo de marisco: Com aumento de pessoas intoxicadas, Polícia Ambiental coleta amostra para análise de possível ‘maré vermelha’

Uma das principais suspeitas é a ocorrência de “maré vermelha”, um fenômeno natural causado pela presença e proliferação de algas tóxicas, com reflexos ambientais e risco à saúde humana, que acontece principalmente durante as altas temperaturas. O nome do fenômeno se dá por causa da coloração na água deixada pelas algas.

Conforme o hospital, a Vigilância Sanitária foi acionada para investigar as causas. Os principais sintomas apresentados entre os pacientes atendidos foram náuseas e vômitos, diarreia, dores abdominais e tontura ou fraqueza. 

Até o momento, todos os pacientes foram liberados após atendimento, sem necessidade de internação. A recomendação do hospital é que se evite o consumo de moluscos bivalves.

“As toxinas envolvidas nesses casos não são eliminadas pelo congelamento ou cozimento dos moluscos. Portanto, a orientação é evitar o consumo de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) retirados de costões e ilhas, pois essas áreas não são alvo de monitoramento oficial e podem apresentar risco à saúde. Reafirmamos nosso compromisso com a saúde da comunidade e seguimos acompanhando a situação de perto”, afirma a direção do hospital em nota.

Cuidados 

Caso apresente sintomas leves, ingira bastante líquido, faça uma dieta leve e mantenha repouso. Procure ajuda médica se os sintomas persistirem. Atenção especial para idosos, gestantes, crianças e grupos mais vulneráveis a complicações.

Caso está sendo monitorado

Diante do aumento de casos, a Polícia Militar Ambiental de Laguna fez a coleta de material de água e indivíduos nos possíveis locais contaminados na região neste domingo, dia 29. As amostras foram recolhidas pela equipe da Cidasc, que encaminhou para análise em laboratório. O resultado deve ser divulgado nos próximos dias.

“Foi encaminhado para laboratório para saber do que se trata devido ao alto índice de pessoas intoxicadas pelo consumo de marisco “perna perna” dos costões rochosos, praias e ilhas. Ressaltamos que aqui na região sul não temos mariscos de cativeiro, só de costões e ilhas. A preocupação maior é que se for comprovado que foi uma maré vermelha, com o decorrer do tempo ela chegue à costa e aí pode contaminar os moluscos de cativeiro. Aguardamos a resposta da análise para tomarmos as devidas providências”, explica o sargento da Polícia Militar Ambiental de Laguna, Robson Vieira. 

Cidasc monitora áreas de cultivo do molusco

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiu uma nota ainda neste domingo, dia 29, confirmando que foram constatadas pessoas com sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina após o consumo de mexilhões retirados dos costões nos municípios de Laguna, de Imbituba e na localidade do Pântano do Sul, em Florianópolis. 

Conforme a nota, até o momento, os resultados do monitoramento realizado rotineiramente pela Cidasc nos locais de produção de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) no Estado de Santa Catarina não detectaram presença de toxina produtora de intoxicação em seres humanos. Cabe ressaltar que os municípios de Imbituba e de Laguna não possuem áreas de produção e, portanto, não são alvo de monitoramento oficial.

Outro ponto a ser destacado é que a extração de mexilhões no período de defeso, que iniciou no dia 1º de setembro e encerra nesta terça-feira, dia 31, é um crime ambiental e não poderia estar sendo realizada.

Entretanto, em função das notificações, para fins de investigação de prováveis causas da intoxicação, reforçando o compromisso com a saúde pública, a Cidasc realizou nova análise na área de produção do Pântano do Sul e também está realizando coletas para análises nos municípios de Imbituba e de Laguna. Assim que saírem os resultados, os mesmos serão divulgados e as recomendações atualizadas.

Não é recomendado consumo de moluscos retirados de costões e ilhas

Com o objetivo de prevenir intoxicações causadas por moluscos bivalves, a Cidasc ressalta que não é recomendado o consumo de moluscos bivalves retirados de costões e ilhas, por serem áreas que não são alvo de monitoramento oficial. A Cidasc monitora constantemente as áreas de cultivo para preservar a saúde dos consumidores. A alga Dinophysis, quando se prolifera na água, libera a toxina ácido ocadaico, que os moluscos absorvem ao filtrar a água do mar.

Folha Regional

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