Quinta-feira, 02 de janeiro de 2025
Tubarão
35 °C
19 °C
Fechar [x]
Tubarão
35 °C
19 °C
COTIDIANO

Consumo de marisco: Com aumento de pessoas intoxicadas, Polícia Ambiental coleta amostra para análise de possível ‘maré vermelha’

Cidasc encaminhou material coletado em Laguna para análise em laboratório

Laguna , 30/12/2024 08h16 | Por: Redação Folha Regional

O número de casos de pessoas que apresentaram intoxicação alimentar após consumir mariscos coletados na região de Laguna e Imbituba aumentou consideravelmente no decorrer deste fim de semana mobilizando autoridades ambientais.

:: Saiba mais

Consumo de marisco na região de Laguna e Imbituba causa mal-estar e alerta para possível ‘maré vermelha’

Uma das principais suspeitas é a ocorrência de “maré vermelha”, um fenômeno natural causado pela presença e proliferação de algas tóxicas, com reflexos ambientais e risco à saúde humana, que acontece principalmente durante as altas temperaturas. O nome do fenômeno se dá por causa da coloração na água deixada pelas algas.

A moradora de Imbituba Ana Machado Lopes foi uma das que passaram mal após consumir mariscos em uma praia de Imbituba neste fim de semana.

"Estávamos na praia do Porto este fim de semana, onde temos um rancho. Chegou um barco com mariscos frescos que haviam sido retirados do costão. Nós adoramos e sempre comemos mariscos. Compramos uma caixa. Ontem estávamos com uma turma de amigos confraternizando lá e a maioria comeu. Comemos em torno do meio-dia. Fim de tarde fomos começando a sentir os sintomas. Dor abdominal, alguns vômito, e outros diarreia. Estamos em contato com todos e todos ainda estão se sentindo mal", comentou neste domingo, dia 29. Ela conta que outras pessoas também confirmaram que consumiram mariscos na região e sofreram intoxicação. 

Diante do aumento de casos, a Polícia Militar Ambiental de Laguna fez a coleta de material de água e indivíduos nos possíveis locais contaminados na região neste domingo, dia 29. As amostras foram recolhidas pela equipe da Cidasc, que encaminhou para análise em laboratório. O resultado deve ser divulgado nos próximos dias.

“Foi encaminhado para laboratório para saber do que se trata devido ao alto índice de pessoas intoxicadas pelo consumo de marisco “perna perna” dos costões rochosos, praias e ilhas. Ressaltamos que aqui na região sul não temos mariscos de cativeiro, só de costões e ilhas. A preocupação maior é que se for comprovado que foi uma maré vermelha, com o decorrer do tempo ela chegue à costa e aí pode contaminar os moluscos de cativeiro. Aguardamos a resposta da análise para tomarmos as devidas providências”, explica o sargento da Polícia Militar Ambiental de Laguna, Robson Vieira. 

Cidasc monitora áreas de cultivo do molusco

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiu uma nota ainda neste domingo, dia 29, confirmando que foram constatadas pessoas com sintomas semelhantes à intoxicação por ficotoxina após o consumo de mexilhões retirados dos costões nos municípios de Laguna, de Imbituba e na localidade do Pântano do Sul, em Florianópolis. 

Conforme a nota, até o momento, os resultados do monitoramento realizado rotineiramente pela Cidasc nos locais de produção de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões) no Estado de Santa Catarina não detectaram presença de toxina produtora de intoxicação em seres humanos. Cabe ressaltar que os municípios de Imbituba e de Laguna não possuem áreas de produção e, portanto, não são alvo de monitoramento oficial.

Outro ponto a ser destacado é que a extração de mexilhões no período de defeso, que iniciou no dia 1º de setembro e encerra nesta terça-feira, dia 31, é um crime ambiental e não poderia estar sendo realizada.

Entretanto, em função das notificações, para fins de investigação de prováveis causas da intoxicação, reforçando o compromisso com a saúde pública, a Cidasc realizou nova análise na área de produção do Pântano do Sul e também está realizando coletas para análises nos municípios de Imbituba e de Laguna. Assim que saírem os resultados, os mesmos serão divulgados e as recomendações atualizadas.

Não é recomendado consumo de moluscos retirados de costões e ilhas

Com o objetivo de prevenir intoxicações causadas por moluscos bivalves, a Cidasc ressalta que não é recomendado o consumo de moluscos bivalves retirados de costões e ilhas, por serem áreas que não são alvo de monitoramento oficial. A Cidasc monitora constantemente as áreas de cultivo para preservar a saúde dos consumidores. A alga Dinophysis, quando se prolifera na água, libera a toxina ácido ocadaico, que os moluscos absorvem ao filtrar a água do mar.

Fique atento!

A toxina não prejudica a saúde destes animais aquáticos, mas pode provocar sintomas gastrointestinais em humanos que se alimentarem da carne dos moluscos bivalves em que ela esteja presente. Enjôo, diarreia e vômito podem ser sintomas de intoxicação: neste caso, busque atendimento médico e notifique a Vigilância Sanitária e a Cidasc pelo número da Ouvidoria de Santa Catarina 0800 644 8500.

Folha Regional

Rua José João Constantino Fernandes, 131, São Clemente - Tubarão (SC) - CEP: 88706-091

Folha Regional © Todos os direitos reservados.
Demand Tecnologia
WhatsApp

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Ok, entendi!