Objeto espacial tem tamanho comparável ao da Torre de Pisa e viaja a mais de 45 mil km/h, mas não representa risco de colisão.
Monitorado pela Nasa desde a semana passada, o asteroide batizado de 2025 OW fará sua maior aproximação da Terra nesta segunda-feira, 28 de julho. Embora o evento esteja sendo descrito por astrônomos como de “quase colisão”, especialistas garantem que não há motivo para pânico.
Com cerca de 67 metros de diâmetro — pouco maior que a famosa Torre de Pisa, na Itália — o corpo celeste se desloca a uma velocidade impressionante de 75.639 km/h e passará a uma distância de 632 mil quilômetros da Terra, o que equivale a quase o dobro da distância entre nosso planeta e a Lua.
Apesar do termo "quase colisão", a Nasa explica que esse tipo de aproximação é comum no universo. Corpos celestes como o 2025 OW são constantemente monitorados pela Near-Earth Object Observations Program, que avalia o risco de impacto com a Terra.
Segundo a agência espacial, se o asteroide realmente colidisse com uma área urbana, os danos estruturais seriam leves. Ainda assim, a vigilância contínua se faz necessária, já que o comportamento orbital desses corpos pode mudar com o tempo.
Sim. Desde 2022, a Nasa vem desenvolvendo projetos concretos de defesa planetária. Um dos mais emblemáticos foi a missão DART, que consistiu em colidir uma espaçonave com um asteroide de forma proposital para testar a capacidade de desvio de rota — e deu certo.
Essa estratégia pode se tornar essencial no futuro caso objetos como o Bennu ou o Apophis mudem de curso. O Bennu, por exemplo, possui 490 metros de diâmetro e tem uma chance, ainda que pequena, de atingir a Terra no século 22. Já o Apophis foi uma preocupação entre os anos de 2029 e 2036, mas novas análises afastaram o risco.
Outro asteroide que vinha sendo monitorado com atenção é o 2024 YR4, que chegou a ter chances reais de impacto com a Terra em 2032. No entanto, uma nova simulação orbital feita pela Nasa indica que ele agora pode estar em rota de colisão com a Lua.
Esse tipo de reavaliação é comum na astronomia, já que a movimentação desses objetos é afetada por diversos fatores gravitacionais e ambientais ao longo do tempo.
A observação e análise desses corpos ajudam a compreender melhor a formação do Sistema Solar, a composição de materiais espaciais e, claro, servem como base para planos de defesa planetária.
Segundo a própria Nasa, a Terra já passou por impactos catastróficos antes — como o que extinguiu os dinossauros — e, por isso, monitorar e preparar ações preventivas é mais do que prudente, é essencial.