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COTIDIANO

Cotas raciais em SC: secretária cita “dívida histórica” e defende inclusão nas universidades

Luciane Ceretta reforça importância das ações afirmativas para negros e indígenas no ensino superior público estadual.

Santa Catarina, 17/12/2025 10h21 | Por: Narciso Barone- Redação SIte On
Foto: freepik

As cotas raciais em Santa Catarina voltaram ao centro do debate após a secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta, se manifestar favoravelmente às políticas de ações afirmativas para pessoas negras e indígenas no ingresso às universidades públicas estaduais. A declaração foi feita nesta segunda-feira (15), em meio às discussões sobre mudanças nas regras de acesso ao ensino superior em SC.

Secretária destaca baixa diversidade racial nas universidades

Durante entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, em Criciúma, Ceretta afirmou que o tema exige análise aprofundada e citou o que chamou de “dívida histórica” com essas populações. “Avalio que temos uma dívida histórica, por exemplo, com a população negra e indígena. Avalio ainda que o acesso deles à universidade é algo muito importante”, disse.

A secretária ressaltou que as universidades catarinenses ainda apresentam baixa diversidade racial. “Nossas universidades são brancas e precisamos dessas pessoas lá dentro”, afirmou, ao defender a manutenção das cotas raciais como instrumento de inclusão social e educacional.

A posição de Ceretta contrasta com a proposta aprovada recentemente na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), que altera as regras de reserva de vagas nas universidades estaduais, limitando-as a Pessoas com Deficiência (PCDs), critérios socioeconômicos e estudantes oriundos de escolas públicas estaduais, impactando as políticas raciais vigentes.

Resultados das cotas raciais nas universidades de SC

Dados oficiais indicam que as ações afirmativas tiveram impacto significativo ao longo dos últimos anos. Desde a adoção das cotas raciais em 2011, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) quase triplicou o número de estudantes negros matriculados.

Segundo o Censo da Educação Superior do Inep, em 2010 — último ano antes da implementação das cotas — alunos negros representavam 6,4% das matrículas na Udesc, totalizando 667 estudantes. Quinze anos depois, em 2024, o percentual subiu para 17,6%, equivalente a 1.712 alunos negros, aumento de mais de 11 pontos percentuais.

Representatividade ainda abaixo da população do estado

Apesar do crescimento, a presença de estudantes negros nas universidades estaduais segue abaixo da proporção da população catarinense. Conforme o IBGE, negros representam 23,2% da população de Santa Catarina, segundo o Censo 2022.

Para a secretária Luciane Ceretta, os dados reforçam a necessidade de manter e aperfeiçoar as cotas raciais como ferramenta de correção das desigualdades históricas no acesso ao ensino superior público.

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