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COTIDIANO

Em discurso na ONU, Lula diz que soberania é inegociável e critica ‘falsos patriotas’

"Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis", afirmou

23/09/2025 12h22 | Por: Redação Folha Regional
Divulgação/Folha Regional

Durante discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Lula mandou recado a Trump e Bolsonaro e disse, nesta terça-feira, dia 23, que não há justificativa para “medidas unilaterais e arbitrárias” direcionadas a instituições e à economia brasileira.

“A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade.”

Em sua fala, Lula destacou que, pela primeira vez em 525 anos da história do Brasil, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. “Foi investigado, indiciado e julgado. Responsabilizado por seus atos em um processo minucioso. Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas”.

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e àqueles que os apoiam. Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela. Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral. Seu vigor pressupõe a redução das desigualdades, a garantia dos direitos mais elementares.”

Lula se referia à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e outros quatro crimes. Bolsonaro foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início do mês e foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

Lula e Trump

Lula e Trump trocaram críticas frequentes nos últimos meses, em especial desde que os Estados Unidos sobretaxaram em 50% produtos brasileiros, com o argumento de tentar encerrar uma "caça às bruxas" a Bolsonaro.

Trump tentou, sem sucesso, interferir no julgamento do ex-presidente, condenado a 27 anos e três meses de pena pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

Em seus posicionamentos internos, Lula tem criticado o americano pelo ataque à soberania nacional e, após o julgamento, tem destacado a independência do STF.

O discurso desta terça ocorre no dia seguinte ao anúncio pelo governo Trump da revogação do visto americano do advogado-geral da União, Jorge Messias, e da sanção financeira com a lei Magnitsky a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

Com a sanção, todos os eventuais bens de Viviane nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ela.

O governo americano já havia feito o mesmo com Alexandre de Moraes em julho. Nem o ministro, nem a esposa podem realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA — usando cartões de crédito de bandeira americana, por exemplo.

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