A greve dos professores da rede estadual completa seis dias nesta segunda-feira, dia 29, em Santa Catarina. Neste domingo, dia 28, o governador Jorginho Mello (PL) usou suas redes sociais para se posicionar contra a paralisação e anunciar medidas como desconto em folha dos dias de falta dos grevistas e contratação de professores temporários para salas de aula.

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Em seguida, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte-SC) se posicionou em resposta às declarações do governador.

Conforme o Sinte, 30% dos educadores estão em greve. Já o governador diz que o movimento está “com baixa adesão” e que cerca de 90% dos profissionais seguem em sala de aula.

Para Evandro Accadrolli, coordenador do sindicato, a categoria foi “surpreendida” com o posicionamento de Jorginho.
José Sérgio Cristóvam, que trata de assuntos jurídicos da categoria, reforçou que a greve é um direito constitucional assegurado a todos os trabalhadores; que em todas as greves do magistério, historicamente, sempre houve reposição dos dias paralisados e nunca houve confirmação dos cortes dos salários dos servidores; e, por último, citou ser ilegal a reposição das vagas de profissionais em greve.

Os sindicalistas também rebatem o argumento do governador de que a descompactação da folha custaria R$ 4,6 bilhões aos cofres públicos. Para eles, o valor é “superestimado” e alegam que há um total de R$ 3,5 bilhões “para serem aplicados no serviço público catarinense”.

“Estamos tentando negociar há mais de um ano e lamentamos a escolha do governo em não apresentar nenhuma proposta, além de usar o momento para desinformar a sociedade. Os trabalhadores e trabalhadoras da educação não merecem o tom de ameaça. Não é uma briga entre sindicato e governo do Estado, são pais e mães de família que precisam ser valorizados”, compartilhou o Sinte em suas redes sociais.

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De acordo com a coordenadoria regional do Sinte de Tubarão, as mobilizações continuam nesta segunda-feira, dia 29, na região.

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De 57 escolas que fazem parte da regional de Tubarão, 36 dessas unidades de ensino estão com quadro de greve, totalizando mais de 500 grevistas. Nesta segunda, o comando de greve visita escolas de Orleans. Ainda na sexta-feira, dia 26, cerca de 200 professores da região realizaram uma passeata pelas vias centrais de Braço do Norte para reivindicar melhorias salariais.

O grupo se organiza para participar de uma manifestação em Florianópolis nesta terça-feira, dia 30, com trabalhadores grevistas de todo o Estado.