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COTIDIANO

Contra importações, entidades catarinenses pedem valorização do arroz nacional

Apesar das inundações do RS, arroz produzido no Brasil será suficiente para abastecimento de toda a população

20/05/2024 09h09 | Atualizada em 21/05/2024 14h40 | Por: Redação Folha Regional

Preocupadas com os impactos negativos que a eventual importação de arroz trará para a rizicultura do Brasil, entidades catarinenses unem-se em um apelo de valorização do cereal nacional.

Reforçam o posicionamento contrário à iniciativa do Governo Federal de importação de arroz, o Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC), a Cooperativa Central Brasileira de Arroz (BRAZILRICE), a Associação Catarinense dos Produtores de Sementes de Arroz Irrigado (ACAPSA), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (FETAESC) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc).

Para as entidades, em um momento já extremamente difícil, por conta das inundações que assolam o Estado gaúcho, a iniciativa de importar o grão servirá apenas para trazer ainda mais dificuldades e prejuízos para a cadeia produtiva de arroz no Brasil, uma vez que muitos produtores, indústrias e cooperativas já contabilizam prejuízos consideráveis por conta dos problemas climáticos.

Juntos, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina são responsáveis por mais de 80% da produção de arroz do Brasil. Um trabalho realizado em parceria, uma vez que inúmeras indústrias e cooperativas catarinenses possuem unidades de produção em solo gaúcho e/ou utilizam o grão cultivado pelos riograndenses para beneficiamento em unidades de SC. 

Com a colheita da safra 2023/2024 já bastante adiantada em ambos os Estados – 84% na área cultivada do Rio Grande do Sul e quase 100% na área cultivada em Santa Catarina –, mesmo com as inundações, as entidades reforçam a garantia de que a produção do grão não será impactada a ponto de faltar arroz para o consumo interno brasileiro. 

Problemas logísticos no Rio Grande do Sul, como a dificuldade de escoamento da produção por conta da interdição de rodovias, já estão sendo superados. Além disso, as negociações de compra e venda de arroz em casca para beneficiamento seguem sendo realizadas entre os produtores rurais e as indústrias e cooperativas responsáveis pelo beneficiamento do grão.

Apesar das grandes dificuldades a serem superadas no Rio Grande do Sul, a expectativa das indústrias e cooperativas é que a cadeia produtiva de arroz consiga ser 100% normalizada em breve, garantindo o abastecimento e segurança alimentar de todo o país, bem como evitando a disparada de preço do produto.

"Diante do exposto e preocupadas com o futuro da cadeia produtiva de arroz brasileira, as entidades catarinenses reforçam encarecidamente ao governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a solicitação da suspensão do leilão já aberto, que visa compra de arroz beneficiado do exterior."

Governo Federal autoriza Conab a importar arroz

Para o enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes das enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o Governo Federal publicou a Medida Provisória 1.217/2024 autorizando, em caráter excepcional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até um milhão de tonelada de arroz beneficiado ou em casca para recomposição dos estoques públicos. 

Segundo a Conab, o arroz que o governo importará chegará ao consumidor brasileiro pelo preço máximo de R$ 4 o quilo e no primeiro leilão, marcado para esta terça-feira, dia 21, serão adquiridas até 104.034 toneladas de arroz importado da safra 2023/2024. O objetivo da medida, reforçou a Conab, é “enfrentar as consequências sociais e econômicas decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul”.
“O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, disse Edegar Pretto, presidente da Conab.

De acordo com o ministro, a importação do arroz foi motivada para evitar o desabastecimento e a alta nos preços para o consumidor, já que 70% do grão consumido do Brasil é produzido pelo Rio Grande do Sul, que enfrenta consequências de fortes chuvas.

“Sei que o Rio Grande do Sul tem safra suficiente para atender o Brasil, mas o problema é o descasamento de prazos, de infraestrutura. Temos que ter a política pública de forma holística, olhar o Brasil como um todo. Mas em hipótese alguma desprestigiar ou querer baixar o preço do arroz para os produtores. Mas na mesa do cidadão também não pode subir [o preço] e pagar um exagero por fruto de especulação selvagem no momento de tristeza do Rio Grande do Sul”, disse Fávaro.

Folha Regional

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