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COTIDIANO

Falência da Yeesco: gigante do e-commerce em SC fecha as portas após avalanche de reclamações

Empresa de Brusque deve R$ 73 milhões e deixa milhares de consumidores no prejuízo; entenda o que fazer se você foi afetado

16/10/2025 12h05 | Por: Mayara Leite - Redatora Seo On | Fonte: Portal NSC Total
Falência da Yeesco: gigante do e-commerce em SC fecha as portas após avalanche de reclamações - Foto: reprodução das redes sociais

A Yeesco, uma das maiores empresas de e-commerce de Santa Catarina, teve a falência decretada nesta semana pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, em decisão judicial que encerra de vez as atividades da companhia. Sediada em Brusque, a varejista digital enfrentava uma grave crise financeira desde 2023 e se tornou campeã de reclamações no Procon estadual por falhas nas entregas e descumprimento de prazos.

Com uma dívida estimada em R$ 73 milhões, a empresa chegou a apresentar um plano de recuperação judicial, que foi rejeitado pelos credores. Apenas uma das empresas credoras tem a receber cerca de R$ 38,6 milhões — valor que a Yeesco pretendia quitar com 45% de abatimento e um prazo de 10 anos, proposta considerada inviável.

Lojas fechadas e levantamento de bens

Após a decretação da falência, a administradora judicial iniciou o levantamento de bens e ativos da Yeesco, que serão usados para o pagamento de credores. As duas unidades físicas — em Brusque (SC) e Capão da Canoa (RS) — foram fechadas, e todos os funcionários foram dispensados.

De acordo com a Lei de Falências, os primeiros pagamentos deverão contemplar os salários vencidos nos três meses anteriores à decisão judicial, limitados a cinco salários mínimos por trabalhador. O pagamento será feito assim que houver disponibilidade de recursos.

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De sucesso à crise: a ascensão e queda da Yeesco

A Yeesco chegou a figurar entre os 10 maiores sites de moda do Brasil, conhecida por preços competitivos e forte presença digital. No entanto, segundo a própria empresa informou à Justiça, a partir de 2023 o negócio entrou em colapso diante do avanço de concorrentes internacionais, como Shein e Shopee, que dominaram o mercado com estratégias agressivas de preço e logística.

A crise se agravou com atrasos de pagamento a transportadoras, o que resultou na retenção de mercadorias e em 100 mil pedidos não entregues. A situação gerou uma onda de queixas nas redes sociais e levou o Procon de Santa Catarina a proibir temporariamente as vendas — medida que a empresa acabou descumprindo.

O que os consumidores podem fazer

Com a falência decretada, consumidores que não receberam produtos ou têm valores pendentes devem solicitar a inclusão na relação de credores. Para isso, é necessário enviar:

Comprovante da compra ou do pagamento;

Extrato do cartão de crédito (em caso de parcelamento);

Protocolo de reclamação no Procon, se houver.

Os documentos devem ser encaminhados pelo site da administradora judicial, conforme orientações do processo.

Especialistas em direito do consumidor orientam que quem fez a compra via cartão de crédito também pode tentar o estorno junto à operadora, especialmente se o pedido ainda não havia sido entregue.

A falência da Yeesco marca o fim de uma trajetória que começou com inovação e crescimento acelerado, mas terminou em colapso financeiro e perda de credibilidade, deixando milhares de clientes e parceiros no prejuízo.

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