Investigação acusa prefeito de Criciúma de infringir medidas cautelares
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou o restabelecimento da prisão preventiva do prefeito afastado de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD).
O pedido, publicado na tarde desta segunda-feira, dia 30, alega que Salvaro infringiu uma das medidas cautelares que lhe foram impostas para que sua soltura fosse permitida. As informações são do portal Engeplus.
Ao determinar que o prefeito deixasse a prisão, a desembargadora relatora do processo da Operação Caronte, Cinthia Schaefer, afirmou que Salvaro usará tornozeleira eletrônica por 90 dias, não poderá ter contato com testemunhas e outros denunciados, não poderá fazer uso de rede social e conceder entrevistas, não poderá acessar a prefeitura de Criciúma e qualquer outro órgão público municipal e ficará afastado do seu cargo público pelo prazo de 120 dias.
No pedido, O MPSC aponta que o prefeito se aproximou de Daniel Antunes e de Paulo Cesar de Souza Padilha, o Paulo da Farmácia, quando chegou em Criciúma e foi recebido por apoiadores. Antunes é vereador e está afastado do seu cargo por 180 dias depois de ser denunciado no mesmo processo. Já Paulo da Farmácia é suplente de vereador e foi uma das testemunhas ouvidas pelos investigadores.
No documento onde pede a revogação da soltura, o MPSC apresenta imagens de rede social onde mostra Salvaro perto dos demais citados no processo. “Apesar de cientificado das medidas cautelares que lhe foram impostas, Clésio Salvaro, tão logo retornou ao município de Criciúma, na noite de 26/09/2024, não olvidou em descumprir medida cautelar diversa da prisão fixada na tarde do mesmo dia, consistente na proibição de ter qualquer forma de acesso ou contato com os demais denunciados nos presentes autos e também com as testemunhas arroladas na denúncia”, diz parte do pedido.
A solicitação foi encaminhada para a desembargadora relatora do processo que ainda não se manifestou se acata ou não a decisão.
A Operação Caronte, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac) apura crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma.
As informações são do portal Engeplus