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COTIDIANO

Morre o ator Francisco Cuoco, aos 91 anos

Galã de novelas de sucesso da TV Globo, paulista lidava com complicações de saúde por conta de uma infecção nos rins

19/06/2025 18h43 | Por: Redação Folha Regional | Fonte: O Globo
Divulgação/Folha Regional

Morreu nesta quinta-feira, dia 19, aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco. Nome de destaque na televisão brasileira — galã de novelas de sucesso, entre as quais as versões originais de "Selva de pedra" (1972) e "Pecado capital" (1975) —, o artista estava há 20 dias internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A morte, por falência múltipla dos órgãos foi confirmada pela família e sua assessoria de imprensa. O velório, aberto ao público, será nesta sexta-feira, dia 20, das 7h às15h , no Funeral Home (Rua São Carlos do Pinhal, 376 , Bela Vista, São Paulo). O enterro, às 16h, será fechado para familiares e amigos.Cuoco enfrentava, nos últimos anos, complicações de saúde derivados de uma infecção nos rins, algo que o deixou com dificuldades de locomoção.

Ao longo de grande parte dos quase 70 anos de carreira, Cuoco emprestou o rosto, o corpo e a voz para um ideal — aquilo que se convencionou chamar de galã. Intérprete de figuras carismáticas e sedutoras, o paulistano nascido e criado no bairro do Brás enfileirou trabalhos de sucesso num período em que a TV ainda engatinhava no país.

Filho do feirante italiano Leopoldo Cuoco, ajudava o pai em sua barraca no Brás e à noite estudava, à princípio, para seguir carreira no Direito, mas ao ingressar na Escola de Arte Dramática de Alfredo Mesquita, decidiu abraçar a dramaturgia como profissão. Após estrear em espetáculos do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), depois atuou pela companhia Teatro dos Sete, trabalhando com Gianni Ratto, Fernando Torres, Ítalo Rossi e Fernanda Montenegro, e foi premiado em 1964 pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) como melhor ator coadjuvante na peça "Boeing-boeing".

A estreia na TV se deu em 1963, no elenco do programa "Grande Teatro Murray", dirigido por Sérgio Britto, na TV Rio. Pela TV Record, fez sua primeira novela, "Renúncia", escrita por Walter Negrão em 1964.

Após passar também pela Tupi e TV Excelsior, chegou à TV Globo em 1970, na novela " Assim na Terra, como no Céu", de Dias Gomes. Na emissora consolidou-se como uma das principais estrelas da casa, com protagonistas de tramas escritas por Janete Clair, a exemplo do Carlão de "Pecado capital" (1975), o Cristiano de "Selva de pedra" (1972), o Herculano de "O astro" (1977), o Tião Bento de "Sétimo sentido" (1982) e Lucas Cantomaia de "Eu prometo" (1983).

A extensão de sua fama à época foi documentada nos arquivos da TV Globo como parte do programa "Só o amor constrói" (1973): após uma apresentação no Theatro Municipal de São Paulo, no início dos anos 1970, uma multidão o esperava do lado de fora. Assim que deixa o local, Cuoco foi dominado por uma massa de gente — homens, mulheres, crianças, idosos —, precisando ser escoltado por agentes policiais para deixar o local.

Outros trabalhos marcantes na TV foram na novela "O outro" (1987), de Aguinaldo Silva, onde interpretou diois sósias, o empresário Paulo Della Santa, que morre em um acidente, e o dono de um ferro-velho Denizard de Mattos, que toma o seu lugar. Aliás, em 1970, quando estreou na TV Globo na pele do mocinho de "Assim na terra como no céu", de Dias Gomes, o artista também dava as caras, simultaneamente — no mesmíssimo horário —, em "Sangue do meu sangue" (1969), folhetim da Excelsior que havia sido adquirido pela TV Tupi.

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