Prévia da inflação avança 0,20% em novembro, puxada por alta de quase 12% nas passagens aéreas
O IPCA-15 de novembro sobe 0,20%, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo IBGE. O resultado ficou levemente acima da expectativa do mercado, que estimava 0,18% para o mês. Mesmo com o avanço maior que o previsto, a inflação acumulada em 12 meses caiu de 4,94% para 4,50%, voltando a ficar dentro da meta oficial pela primeira vez desde janeiro.
O item que mais pesou no bolso dos brasileiros em novembro foi a passagem aérea, com aumento de 11,87%. Segundo o IBGE, esse foi o maior impacto individual do índice, contribuindo com 0,08 ponto percentual para o IPCA-15.
Hospedagens e pacotes turísticos também subiram, impulsionando o grupo Despesas pessoais, que teve a maior variação entre todos os segmentos analisados: 0,85%.
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Acumulado de 2025: 4,15%
Acumulado em 12 meses: 4,50%
Meta considerada: até 4,50% (com tolerância de 1,5 p.p.)
Em novembro do ano passado, o índice havia sido bem maior: 0,62%.
Como cada grupo se comportou em novembro
Com avanço de 0,85%, este foi o grupo que mais influenciou o resultado do mês.
Destaques:
Hospedagem: +0,03 p.p.
Pacote turístico: +0,02 p.p.
Saúde e cuidados pessoais
O grupo subiu 0,50%, influenciado pelos reajustes dos planos de saúde.
Transportes
Passagens aéreas: +11,87%
Combustíveis: -0,46% (gasolina, etanol e diesel em queda)
Depois de cinco meses seguidos de recuo, o grupo registrou alta de 0,09%.
Quedas: leite longa vida, arroz, frutas
Altas: batata inglesa, óleo de soja, carnes
Alimentação fora de casa acelerou
A variação foi de 0,09%, puxada para baixo por mais uma queda na energia elétrica residencial.
A bandeira tarifária vermelha patamar 1 segue em vigor, mantendo cobrança extra nas contas.
Vestuário: +0,19%
Educação: +0,05%
Comunicação: -0,19%
Artigos de residência: -0,20%
Das 11 regiões do IPCA-15, 10 registraram aumento em novembro.
Destaques:
Maior alta: Belém (+0,67%), impulsionada por hospedagens e passagens aéreas
Menor resultado: Belo Horizonte (-0,05%), por conta da queda na gasolina e nas frutas