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COTIDIANO

Ressocialização: SC lança editais para empresas contratarem mão de obra de presos no Estado

Com novos editais, sistema prisional catarinense poderá empregar até 3,2 mil presos; estado é referência nacional em ressocialização por meio do trabalho

08/09/2025 10h26 | Por: Redação Folha Regional
Divulgação/Folha Regional

A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) segue fortalecendo sua política de geração de oportunidades dentro do sistema prisional catarinense.

No último mês, foram publicados 18 editais de chamamento público, que permanecem com prazo aberto para inscrições. Os documentos disponibilizam 30 espaços — já edificados ou destinados à construção — no interior dos estabelecimentos prisionais, totalizando aproximadamente 19 mil m². Esses locais poderão ser ocupados por oficinas de trabalho de empresas interessadas, com capacidade de absorver até 2 mil presos em atividades laborais.

Para o próximo mês, está prevista a abertura de mais 18 editais, ampliando a participação da iniciativa privada. A nova rodada ofertará 40 áreas adicionais, somando 13 mil m² e gerando oportunidades de trabalho para até 1,2 mil presos.

A secretária de Justiça e Reintegração Social, Daniele Amorim, destaca que os editais refletem o compromisso do Estado com a valorização do trabalho como ferramenta de ressocialização.

“Estamos ampliando as parcerias com empresas de diferentes setores porque acreditamos no trabalho como caminho essencial para a transformação social. Essa política permite que os presos tenham uma nova perspectiva de vida e, ao mesmo tempo, que as empresas tenham acesso a mão de obra produtiva e qualificada”, afirma.

Modelo de trabalho em prisões de SC é referência nacional 

Em Santa Catarina, o trabalho prisional é fortemente ligado aos setores manufatureiros e industriais, como têxtil, eletrônico, plástico e de montagem de peças. Atualmente, cerca de 100 empresas mantêm parcerias com o sistema prisional, incluindo Intelbrás, Khronos, WEG, Tigre e Taschibra.

O estado é referência nacional: mais de 7.500 presos trabalham de forma remunerada, colocando Santa Catarina na segunda posição do país, atrás apenas de São Paulo, que possui população carcerária sete vezes maior.

A força do trabalho prisional em SC

Em Santa Catarina, o trabalho prisional é fortemente ligado aos setores manufatureiros e industriais, como têxtil, eletrônico, plástico e de montagem de peças. Atualmente, cerca de 100 empresas mantêm parcerias com o sistema prisional, incluindo Intelbrás, Khronos, WEG, Tigre e Taschibra.

O estado é referência nacional: mais de 7.500 presos trabalham de forma remunerada, colocando Santa Catarina na segunda posição do país, atrás apenas de São Paulo, que possui população carcerária sete vezes maior.

Vantagens para empresas e sociedade

A contratação de presos é regulamentada pela Lei de Execuções Penais e apresenta diversas vantagens. Entre elas, a não incidência de encargos sociais como FGTS, aviso prévio, indenização adicional, férias + 1/3, 13º salário, salário-paternidade e INSS.

Além disso, as empresas que instalam oficinas dentro das unidades prisionais podem ser beneficiadas com isenção de IPTU, aluguel de espaço, energia elétrica e água, dependendo da atividade desenvolvida. O coordenador de Trabalho e Renda da Sejuri, Fábio Roberto Ramos, reforça a importância da parceria com a iniciativa privada.

“Quando a empresa participa desse processo, ela não está apenas otimizando seus custos de produção, mas também contribuindo diretamente para a reintegração social e para a redução da reincidência criminal. É uma parceria de resultados para todos os envolvidos”, afirma.

Para as pessoas privadas de liberdade as jornadas variam de 6 a 8 horas diárias, com descanso remunerado em domingos e feriados. Também é possível, mediante autorização, trabalhar aos sábados com remuneração adicional.

O trabalho proporciona capacitação, geração de renda para os presos e suas famílias, além da remição da pena: a cada três dias trabalhados, um dia é descontado da sentença. A atividade também estimula a poupança e aumenta as chances de reinserção social após o cumprimento da pena.

Como participar

Empresas interessadas em instalar oficinas de trabalho dentro do sistema prisional podem acessar os editais diretamente no site da Sejuri (Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social).

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