Índice da S&P Global sobe para 50,1 e mostra retomada moderada da demanda; COP30 e ações de marketing ajudaram a impulsionar novos negócios
Foto: freepik O setor de serviços registrou crescimento em novembro após sete meses seguidos de contração, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela S&P Global. O PMI de serviços do Brasil subiu de 47,7 em outubro para 50,1, superando novamente a marca de 50 pontos que separa queda de expansão.
Esse é o maior nível do indicador em oito meses e demonstra uma melhora gradual da demanda, mesmo que parte das empresas ainda relate dificuldades no ritmo de novos negócios.
Segundo a pesquisa, algumas empresas relataram aumento no volume de novos clientes em novembro, enquanto outras continuam enfrentando procura fraca. A expansão das vendas colocou fim a um ciclo de sete meses de retração, embora o avanço tenha sido considerado moderado.
Gestores que registraram melhora nas vendas citaram dois fatores principais:
impactos positivos da COP30, realizada em novembro em Belém
campanhas de marketing mais efetivas
Para Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, será importante observar se o movimento encontrará sustentação nos dados de dezembro.
Emprego sobe pelo terceiro mês, mas empresas ainda contêm gastos
O setor também registrou geração de empregos pelo terceiro mês consecutivo, embora de forma discreta. Muitas empresas têm ampliado equipes, mas ainda com cautela para não elevar despesas. Algumas relataram dificuldade para encontrar mão de obra qualificada para as funções disponíveis.
A inflação dos preços cobrados pelos serviços caiu em comparação a outubro. Porém, o custo dos insumos — como energia, alimentos, combustíveis e aluguel — voltou a subir, alcançando o nível mais alto em três meses.
Entre os itens que mais pressionaram os gastos das empresas estão:
O Índice de Produção Futura, que mede a confiança das empresas para os próximos 12 meses, avançou ao nível mais alto em seis meses. A maioria dos empresários espera melhora contínua da demanda em 2024, embora alguns tenham manifestado preocupação com possíveis impactos econômicos das eleições de 2026.
O desempenho positivo dos serviços ajudou a conter o ritmo de queda da atividade empresarial brasileira como um todo. O PMI Composto subiu de 48,2 em outubro para 49,6 em novembro, o melhor resultado em oito meses.
Já o PMI da indústria também avançou, passando de 48,2 para 48,8, indicando leve desaceleração da contração no setor.