No local do acidente, os profissionais localizaram o maçarico, a única peça que faltava ser encontrada
A Polícia Civil iniciou nesta quinta-feira, dia 26, a reconstituição da tragédia com o balão de ar quente, ocorrido em Praia Grande, que deixou oito mortos e 13 feridos no último sábado, dia 21. O ato contou também com a participação da Polícia Científica.
No local do acidente, os profissionais localizaram o maçarico, a única peça que faltava ser encontrada. O material era utilizado para acender a chama do balão. Em seguida, os policiais foram até a sede da empresa responsável pelo acidente, e ouviram a versão do piloto, que realizou uma forma de "reprodução" do que aconteceu. A informação foi confirmada pelo delegado da Polícia Civil de São João do Sul, Rafael Chiara.
A Polícia Civil também encontrou o extintor de incêndio que não teria funcionado no momento do início das chamas.
Segundo a Polícia Civil, já foram ouvidos os 13 sobreviventes, o gestor da empresa fabricante do balão e funcionários da agência responsável pelo voo.
De acordo com Rafael Chiara, delegado responsável pelo caso, os laudos cadavéricos e o relatório psicológico elaborado por psicólogos policiais já foram concluídos e acompanham os desdobramentos. Os agentes localizaram o extintor de incêndio do balão que teria falhado no acidente.
Em nota, a Sobrevoar disse que suspendeu as atividades e o piloto tentou salvar todos a bordo:
"Gostaríamos também de esclarecer que trabalhamos com seriedade e cumprimos todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), destacando que não tínhamos registros de acidentes anteriores. Infelizmente, mesmo com todas as precauções necessárias e com o esforço de nosso Piloto, cujo mesmo possui amplo experiência e adotou todos os procedimentos indicados, tentando salvar todos os que estavam a bordo do balão, sofremos com a dor causada por essa tragédia".
O que aconteceu
Com base nos depoimentos inicial de seis sobreviventes colhidos horas após o acidente, entre eles, o piloto do balão, o acidente, a Polícia Civil divulgou que o balão subiu por volta das 7h com 21 pessoas a bordo e, logo no início do passeio, começou a pegar fogo.
O extintor que estava dentro do cesto do balão não funcionou, segundo informações que o piloto repassou à polícia. O balão começou a descer e, quando estava perto do solo, 13 dos 15 sobreviventes pularam, entre eles estava o piloto. Mais leve, a estrutura voltou a subir. Quatro das vítimas pularam a uma altura de cerca de 45 metros e morreram. As chamas aumentaram e o cesto, com outras quatro vítimas, despencou. Elas morreram carbonizadas. Os bombeiros o primeiro relatório sobre a queda às 8h18.