O agressor foi preso preventivamente. Ele alega que o vídeo foi gravado com o consentimento da vítima, que é usuária de drogas
O homem de 44 anos que pagou R$ 10 a um homem negro para agredi-lo com um cinto é investigado pelos crimes de racismo e tortura, segundo a Polícia Civil. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra agressão, ocorrida no dia 10 de novembro em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas Gerais.
Após o vídeo circular na internet, o agressor, identificado como José Maria Vilaça, de 44 anos, foi preso preventivamente nesta quinta-feira, dia 21, e foi encaminhado para o Presídio de Itaúna, onde está à disposição da Justiça. O homem que fez a gravação também foi identificado, mas não foi detido.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e, durante coletiva de imprensa, informou que o agressor tem antecedentes criminais por furto e violência doméstica. "A princípio, o autor é investigado pelos crimes de racismo e tortura, podendo inicialmente a pena ser superior a 15 anos, mas outros eventos também podem ser apurados diante da complexidade da investigação", afirmou o delegado Leonardo Moreira Pio.
O delegado Flávio Tadeu Destro, chefe do 7º Departamento de Polícia Civil, disse que o caso foi extremamente marcante e gerou revolta.
"Essa gravação revela uma maldade muito grande por parte do autor. Houve ali uma violência física e psíquica gratuita contra uma pessoa em situação de extrema vulnerabilidade. Com a investigação, vamos buscar a responsabilização devida do agressor".
Segundo o advogado Maciel Lúcio, da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Divinópolis, o caso é grave.
As informações são do G1