A liderança, assim como a música, é uma arte. Em ambas, o papel do líder é semelhante ao de um maestro. Imagine uma orquestra, com seus músicos talentosos, cada um responsável por um instrumento, cada um com sua própria melodia a tocar. Sem um maestro, esses músicos poderiam facilmente se perder em meio ao caos das notas desconexas. O líder, tal qual o maestro, tem a missão de orquestrar esses talentos, harmonizando suas contribuições em uma sinfonia coesa e impactante.
O maestro não precisa tocar cada instrumento, mas ele conhece profundamente as peculiaridades de cada um. Da mesma forma, um líder eficaz não necessita realizar todas as tarefas, mas deve compreender as competências e as limitações de sua equipe. Ele precisa conhecer o potencial de cada membro, incentivando-os a alcançar sua melhor performance.
Assim como o maestro mantém o tempo e define o ritmo, o líder deve estabelecer a cadência de trabalho, garantindo que todos estejam alinhados com os objetivos da equipe. Ele deve ser capaz de identificar quando acelerar ou desacelerar, quando dar espaço para um solo brilhar ou quando reforçar a harmonia em grupo.
Há momentos em que o maestro é preciso e rígido em sua condução, e em outros, ele é suave e flexível, permitindo que a música flua de maneira natural. Da mesma forma, um líder precisa equilibrar a firmeza com a empatia. Há momentos para decisões assertivas e outros para a escuta atenta e o diálogo aberto.
O maestro também é um grande comunicador. Com gestos precisos, ele transmite suas intenções e expectativas para a orquestra. Um líder, por sua vez, deve ser claro e direto na comunicação, assegurando que sua visão seja compreendida e que todos saibam seu papel dentro do conjunto. Ele inspira, motiva e guia sua equipe, transmitindo confiança e entusiasmo.
Por fim, o maestro e o líder compartilham o mesmo objetivo: criar algo que seja maior do que a soma de suas partes. Eles buscam a excelência, não só pelo brilho individual, mas pela grandiosidade do coletivo. Quando uma equipe ou orquestra atua em perfeita sintonia, o resultado é uma performance que emociona, que inspira, que transforma.
Liderar uma equipe é como reger uma orquestra: requer conhecimento, sensibilidade, comunicação e uma visão clara do resultado final. E, assim como uma bela sinfonia, uma equipe bem liderada pode alcançar feitos extraordinários. A verdadeira liderança, como a música, tem o poder de tocar corações e mudar o mundo.
Em um país onde o empreendedorismo é uma das principais vias para o desenvolvimento econômico, é crucial entender a interdependência entre o sucesso empresarial e a solidez financeira dos indivíduos. A frase “Não se faz CNPJ forte com CPF fraco” encapsula uma verdade fundamental: empresas robustas são construídas sobre a base de indivíduos financeiramente saudáveis e bem preparados.
O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) representa a empresa, enquanto o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) representa o indivíduo. Para uma empresa prosperar, não basta apenas ter um bom plano de negócios ou um mercado promissor. É essencial que os empreendedores e as pessoas envolvidas no processo possuam uma boa saúde financeira pessoal e preparo pessoal.
A importância do CPF forte
1. Capacidade de investimento: um indivíduo com CPF bem administrado tem acesso a melhores condições de crédito. Isso facilita a captação de recursos para iniciar ou expandir um negócio.
2. Planejamento e gestão: a boa gestão das finanças pessoais reflete diretamente na capacidade de gerir um negócio. Quem consegue equilibrar suas contas pessoais tende a ter mais habilidade em administrar as finanças empresariais.
3. Credibilidade e confiança: no mercado, a credibilidade é um ativo valioso. Empreendedores com um histórico financeiro sólido inspiram mais confiança em investidores, parceiros e clientes.
4. Resiliência em tempos de crise: empresas lideradas por indivíduos financeiramente estáveis têm maior capacidade de enfrentar períodos de dificuldade econômica. A resiliência financeira pessoal proporciona um colchão de segurança que pode ser crucial em tempos de crise.
Construindo um CPF forte
Para fortalecer o CPF e, consequentemente, preparar o terreno para um CNPJ robusto, é necessário seguir alguns princípios básicos de educação financeira:
1. Educação financeira: investir em conhecimento sobre finanças pessoais é o primeiro passo.
2. Planejamento: criar e seguir um planejamento financeiro pessoal ajuda a evitar dívidas desnecessárias e a construir uma reserva de emergência.
3. Controle de gastos: monitorar e controlar os gastos, evitando despesas supérfluas, é essencial para manter as finanças em ordem.
4. Investimento: diversificar investimentos e buscar opções que ofereçam bom retorno a longo prazo é uma estratégia inteligente para construir riqueza.
O reflexo no CNPJ
É imprescindível que os empreendedores deem a devida atenção às suas finanças pessoais e ao seu bem-estar físico e mental. A construção de um futuro empresarial sólido começa com a edificação de bases pessoais igualmente fortes.
A inclusão de diversas exceções de última hora na nova estrutura de impostos sobre o consumo, aprovada pela Câmara na regulamentação da Reforma Tributária, pode fazer com que o Brasil tenha o maior Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do planeta.
Recentemente, deputados aprovaram a isenção de carnes, peixes, queijos e sal, além de aplicar alíquota reduzida (com desconto de 60%) para remédios populares e aumentar os benefícios para o setor imobiliário. Essas medidas aumentam a pressão sobre a alíquota-padrão inicialmente estimada em 26,5% pelo governo, podendo elevá-la para 27,1%.
Em resposta, discute-se a implementação do Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”, que incidirá sobre bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas. A lista de itens taxados pelo IS foi ampliada para incluir concursos de prognósticos (loterias, apostas e sorteios), bens minerais, refrigerantes e “fantasy games”, entre outros. A exceção são os itens produzidos na Zona Franca de Manaus.
O texto aprovado prevê que a atualização das alíquotas do IS será feita conforme índice previsto em lei ordinária, não necessariamente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação do país.
Se a arrecadação do IS superar a do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a União precisará contrabalançar por meio da redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o IVA federal. Vale ressaltar que 60% da receita do Imposto Seletivo será compartilhada com Estados e municípios.
A fixação de um teto para a alíquota, que não poderá ultrapassar 26,5% em 2033, é essencial. A transição para o novo regime começará em 2026. Embora a alíquota-padrão prevista pela Fazenda fosse de 26,5%, pode-se chegar a 27,2% na estimativa mais conservadora, e até 27,4%, colocando o Brasil à frente da Hungria (27%), Dinamarca, Noruega e Suécia (25%) no ranking de países com maior alíquota, segundo a OCDE.
Essa reconfiguração tributária coloca o Brasil em um cenário complexo, exigindo cuidadosa avaliação das consequências econômicas e sociais que poderão surgir dessa transição.
Chegamos a julho. Já ultrapassamos a marca da metade do ano, e este é um momento crucial para qualquer empreendedor. É hora de fazer uma pausa estratégica, reavaliar as metas e ajustar as rotas para garantir que os objetivos de 2024 sejam alcançados com sucesso.
Conforme os meses passam, a realidade do mercado, as demandas operacionais e os imprevistos podem nos afastar dos objetivos iniciais. Por isso, julho se torna um mês perfeito para fazer um balanço e reorientar nossas ações.
Avaliando o progresso
O primeiro passo é analisar o que foi alcançado até agora. Quais metas foram atingidas? Quais estão em progresso? E quais foram deixadas de lado? É fundamental ser honesto nessa avaliação. Entender os sucessos e, principalmente, os fracassos, é crucial para traçar um caminho mais assertivo daqui em diante.
Reavaliando metas
As metas estabelecidas no início do ano ainda são relevantes? O mercado mudou? A situação econômica, a concorrência ou até mesmo os recursos internos podem ter mudado, tornando algumas metas desatualizadas ou irrelevantes. Se for o caso, não tenha medo de ajustá-las. Flexibilidade é uma das maiores virtudes no mundo dos negócios.
Ajustando as rotas
Após reavaliar as metas, é hora de ajustar as estratégias. Pergunte-se: as ações que estamos tomando estão nos levando para mais perto dos nossos objetivos? Se a resposta for negativa, é hora de repensar o plano de ação. Talvez seja necessário adotar novas abordagens, investir em diferentes áreas ou até mesmo cortar projetos que não estão dando retorno.
Celebrando as conquistas
Não se esqueça de celebrar as pequenas vitórias. Elas são fundamentais para manter a moral alta e mostrar que, mesmo diante dos desafios, o progresso está sendo feito. Reconhecer o esforço e o comprometimento da equipe é tão importante quanto atingir grandes metas.
Julho é, portanto, um mês de reflexão e ação. Com uma avaliação honesta, ajustes estratégicos e uma equipe motivada, podemos transformar os desafios dos primeiros seis meses em oportunidades para o restante do ano. Que venham os próximos seis meses, cheios de realizações e sucesso!
Ser empresário em 2024 é uma tarefa cada dia mais desafiadora. Às vezes, parece que estamos pilotando um avião em meio a uma tempestade de raios, em que cada decisão deve ser rápida e precisa. Um passo em falso pode levar a sérias consequências.
Gerir uma empresa hoje exige não apenas habilidade em formação e gestão de equipes, mas também uma capacidade de adaptação quase sobre-humana às rápidas mudanças do mercado. Mas a pergunta que fica é: por que fazemos o que fazemos?
Contratar e formar equipes: o novo ouro
Contratar pessoas comprometidas é como encontrar diamantes em meio ao cascalho. Formar uma equipe que esteja alinhada com a visão e os objetivos da empresa é um desafio constante, e a alta rotatividade no mercado de trabalho só agrava essa situação. No entanto, o esforço é essencial para manter a relevância e competitividade no mercado.
Acelerando com as mudanças
A velocidade das mudanças tecnológicas e mercadológicas exige dos empresários atualização contínua. Manter-se à frente requer não apenas estratégia bem definida, mas também a capacidade de se adaptar rapidamente. Este alinhamento constante é muitas vezes desgastante, mas necessário para a sobrevivência no ambiente competitivo atual.
A reflexão interna do empresário
Mas será que é só isso? Uma pergunta provocativa que todo empresário deve se fazer é: “Por que você faz o que faz?” A resposta mais comum pode ser para manter a empresa no topo ou superar a concorrência. No entanto, a motivação mais profunda geralmente envolve nossa própria satisfação e bem-estar. Quando estamos bem, todas as pessoas ao nosso redor — nossa família, nossos funcionários e até mesmo nossos amigos — também se beneficiam.
Estratégias para o futuro
Para se preparar para o futuro, empresários precisam adotar estratégias que promovam tanto o crescimento financeiro quanto o bem-estar pessoal. Participar de grupos de discussão, conferências e programas de imersão em novas tecnologias e modelos de negócio pode oferecer vantagens competitivas.
A jornada para a excelência empresarial em 2024 é um desafio complexo, que exige equilíbrio entre gestão eficiente, adaptação rápida e reflexões pessoais profundas. Ao se perguntar “por que faço o que faço?” e ao buscar conexão genuína com seu negócio, cada empresário pode encontrar o caminho para a excelência e sustentabilidade a longo prazo.
Empreendedorismo e negócios
Empreendedor de sucesso, o colunista compartilha sua experiência e conhecimento para facilitar a vida de quem atua no mundo dos negócios