Em um país onde o empreendedorismo é uma das principais vias para o desenvolvimento econômico, é crucial entender a interdependência entre o sucesso empresarial e a solidez financeira dos indivíduos. A frase “Não se faz CNPJ forte com CPF fraco” encapsula uma verdade fundamental: empresas robustas são construídas sobre a base de indivíduos financeiramente saudáveis e bem preparados.
O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) representa a empresa, enquanto o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) representa o indivíduo. Para uma empresa prosperar, não basta apenas ter um bom plano de negócios ou um mercado promissor. É essencial que os empreendedores e as pessoas envolvidas no processo possuam uma boa saúde financeira pessoal e preparo pessoal.
A importância do CPF forte
1. Capacidade de investimento: um indivíduo com CPF bem administrado tem acesso a melhores condições de crédito. Isso facilita a captação de recursos para iniciar ou expandir um negócio.
2. Planejamento e gestão: a boa gestão das finanças pessoais reflete diretamente na capacidade de gerir um negócio. Quem consegue equilibrar suas contas pessoais tende a ter mais habilidade em administrar as finanças empresariais.
3. Credibilidade e confiança: no mercado, a credibilidade é um ativo valioso. Empreendedores com um histórico financeiro sólido inspiram mais confiança em investidores, parceiros e clientes.
4. Resiliência em tempos de crise: empresas lideradas por indivíduos financeiramente estáveis têm maior capacidade de enfrentar períodos de dificuldade econômica. A resiliência financeira pessoal proporciona um colchão de segurança que pode ser crucial em tempos de crise.
Construindo um CPF forte
Para fortalecer o CPF e, consequentemente, preparar o terreno para um CNPJ robusto, é necessário seguir alguns princípios básicos de educação financeira:
1. Educação financeira: investir em conhecimento sobre finanças pessoais é o primeiro passo.
2. Planejamento: criar e seguir um planejamento financeiro pessoal ajuda a evitar dívidas desnecessárias e a construir uma reserva de emergência.
3. Controle de gastos: monitorar e controlar os gastos, evitando despesas supérfluas, é essencial para manter as finanças em ordem.
4. Investimento: diversificar investimentos e buscar opções que ofereçam bom retorno a longo prazo é uma estratégia inteligente para construir riqueza.
O reflexo no CNPJ
É imprescindível que os empreendedores deem a devida atenção às suas finanças pessoais e ao seu bem-estar físico e mental. A construção de um futuro empresarial sólido começa com a edificação de bases pessoais igualmente fortes.
A inclusão de diversas exceções de última hora na nova estrutura de impostos sobre o consumo, aprovada pela Câmara na regulamentação da Reforma Tributária, pode fazer com que o Brasil tenha o maior Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do planeta.
Recentemente, deputados aprovaram a isenção de carnes, peixes, queijos e sal, além de aplicar alíquota reduzida (com desconto de 60%) para remédios populares e aumentar os benefícios para o setor imobiliário. Essas medidas aumentam a pressão sobre a alíquota-padrão inicialmente estimada em 26,5% pelo governo, podendo elevá-la para 27,1%.
Em resposta, discute-se a implementação do Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”, que incidirá sobre bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas. A lista de itens taxados pelo IS foi ampliada para incluir concursos de prognósticos (loterias, apostas e sorteios), bens minerais, refrigerantes e “fantasy games”, entre outros. A exceção são os itens produzidos na Zona Franca de Manaus.
O texto aprovado prevê que a atualização das alíquotas do IS será feita conforme índice previsto em lei ordinária, não necessariamente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação do país.
Se a arrecadação do IS superar a do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a União precisará contrabalançar por meio da redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o IVA federal. Vale ressaltar que 60% da receita do Imposto Seletivo será compartilhada com Estados e municípios.
A fixação de um teto para a alíquota, que não poderá ultrapassar 26,5% em 2033, é essencial. A transição para o novo regime começará em 2026. Embora a alíquota-padrão prevista pela Fazenda fosse de 26,5%, pode-se chegar a 27,2% na estimativa mais conservadora, e até 27,4%, colocando o Brasil à frente da Hungria (27%), Dinamarca, Noruega e Suécia (25%) no ranking de países com maior alíquota, segundo a OCDE.
Essa reconfiguração tributária coloca o Brasil em um cenário complexo, exigindo cuidadosa avaliação das consequências econômicas e sociais que poderão surgir dessa transição.
Chegamos a julho. Já ultrapassamos a marca da metade do ano, e este é um momento crucial para qualquer empreendedor. É hora de fazer uma pausa estratégica, reavaliar as metas e ajustar as rotas para garantir que os objetivos de 2024 sejam alcançados com sucesso.
Conforme os meses passam, a realidade do mercado, as demandas operacionais e os imprevistos podem nos afastar dos objetivos iniciais. Por isso, julho se torna um mês perfeito para fazer um balanço e reorientar nossas ações.
Avaliando o progresso
O primeiro passo é analisar o que foi alcançado até agora. Quais metas foram atingidas? Quais estão em progresso? E quais foram deixadas de lado? É fundamental ser honesto nessa avaliação. Entender os sucessos e, principalmente, os fracassos, é crucial para traçar um caminho mais assertivo daqui em diante.
Reavaliando metas
As metas estabelecidas no início do ano ainda são relevantes? O mercado mudou? A situação econômica, a concorrência ou até mesmo os recursos internos podem ter mudado, tornando algumas metas desatualizadas ou irrelevantes. Se for o caso, não tenha medo de ajustá-las. Flexibilidade é uma das maiores virtudes no mundo dos negócios.
Ajustando as rotas
Após reavaliar as metas, é hora de ajustar as estratégias. Pergunte-se: as ações que estamos tomando estão nos levando para mais perto dos nossos objetivos? Se a resposta for negativa, é hora de repensar o plano de ação. Talvez seja necessário adotar novas abordagens, investir em diferentes áreas ou até mesmo cortar projetos que não estão dando retorno.
Celebrando as conquistas
Não se esqueça de celebrar as pequenas vitórias. Elas são fundamentais para manter a moral alta e mostrar que, mesmo diante dos desafios, o progresso está sendo feito. Reconhecer o esforço e o comprometimento da equipe é tão importante quanto atingir grandes metas.
Julho é, portanto, um mês de reflexão e ação. Com uma avaliação honesta, ajustes estratégicos e uma equipe motivada, podemos transformar os desafios dos primeiros seis meses em oportunidades para o restante do ano. Que venham os próximos seis meses, cheios de realizações e sucesso!
Ser empresário em 2024 é uma tarefa cada dia mais desafiadora. Às vezes, parece que estamos pilotando um avião em meio a uma tempestade de raios, em que cada decisão deve ser rápida e precisa. Um passo em falso pode levar a sérias consequências.
Gerir uma empresa hoje exige não apenas habilidade em formação e gestão de equipes, mas também uma capacidade de adaptação quase sobre-humana às rápidas mudanças do mercado. Mas a pergunta que fica é: por que fazemos o que fazemos?
Contratar e formar equipes: o novo ouro
Contratar pessoas comprometidas é como encontrar diamantes em meio ao cascalho. Formar uma equipe que esteja alinhada com a visão e os objetivos da empresa é um desafio constante, e a alta rotatividade no mercado de trabalho só agrava essa situação. No entanto, o esforço é essencial para manter a relevância e competitividade no mercado.
Acelerando com as mudanças
A velocidade das mudanças tecnológicas e mercadológicas exige dos empresários atualização contínua. Manter-se à frente requer não apenas estratégia bem definida, mas também a capacidade de se adaptar rapidamente. Este alinhamento constante é muitas vezes desgastante, mas necessário para a sobrevivência no ambiente competitivo atual.
A reflexão interna do empresário
Mas será que é só isso? Uma pergunta provocativa que todo empresário deve se fazer é: “Por que você faz o que faz?” A resposta mais comum pode ser para manter a empresa no topo ou superar a concorrência. No entanto, a motivação mais profunda geralmente envolve nossa própria satisfação e bem-estar. Quando estamos bem, todas as pessoas ao nosso redor — nossa família, nossos funcionários e até mesmo nossos amigos — também se beneficiam.
Estratégias para o futuro
Para se preparar para o futuro, empresários precisam adotar estratégias que promovam tanto o crescimento financeiro quanto o bem-estar pessoal. Participar de grupos de discussão, conferências e programas de imersão em novas tecnologias e modelos de negócio pode oferecer vantagens competitivas.
A jornada para a excelência empresarial em 2024 é um desafio complexo, que exige equilíbrio entre gestão eficiente, adaptação rápida e reflexões pessoais profundas. Ao se perguntar “por que faço o que faço?” e ao buscar conexão genuína com seu negócio, cada empresário pode encontrar o caminho para a excelência e sustentabilidade a longo prazo.
Nos últimos anos, o Brasil tem presenciado um fenômeno paradoxal no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo que o país enfrenta altos índices de desemprego, muitos setores relatam crescente dificuldade em encontrar profissionais qualificados.
Este cenário lança um desafio significativo para empreendedores, que precisam navegar por águas turbulentas para manter suas operações e crescer em um ambiente de escassez de mão de obra qualificada.
A crise econômica prolongada, agravada pela pandemia da covid-19, resultou em uma reconfiguração do mercado de trabalho. Muitas empresas fecharam suas portas ou reduziram significativamente suas atividades, enquanto outras se reinventaram para sobreviver. Nesse contexto, o empreendedorismo tem se mostrado uma válvula de escape e uma oportunidade para muitos brasileiros que decidiram abrir seus próprios negócios.
Entretanto, iniciar e manter um empreendimento tornou-se uma tarefa árdua, especialmente diante da falta de profissionais capacitados. Empresas relatam dificuldades em preencher vagas que exigem habilidades técnicas específicas. Uma das causas é a falta de alinhamento entre formação e as demandas do mercado.
Nesse cenário desafiador, os empreendedores precisam adotar estratégias inovadoras para atrair e reter talentos. Investir em programas de capacitação interna é uma dessas estratégias. Empresas que desenvolvem seus próprios programas de treinamento conseguem moldar profissionais de acordo com suas necessidades específicas, reduzindo a dependência de um mercado de trabalho que nem sempre supre suas demandas. Parcerias com instituições de ensino também podem ser uma solução eficaz.
Oferecer um ambiente de trabalho atraente, com benefícios competitivos e oportunidades de crescimento, pode fazer a diferença na hora de atrair profissionais qualificados. Em um mercado competitivo, a satisfação e o bem-estar dos colaboradores são fatores decisivos para a retenção de talentos.
A automação de processos e a adoção de ferramentas digitais podem compensar a falta de mão de obra em algumas áreas, aumentando a eficiência e reduzindo a necessidade de profissionais para determinadas funções.
O empreendedorismo em tempos de escassez de mão de obra exige resiliência, inovação e abordagem estratégica. Ao investir na capacitação interna, valorizar o capital humano e adotar tecnologias emergentes, os empreendedores podem não apenas sobreviver, mas prosperar, contribuindo para um mercado de trabalho mais dinâmico e qualificado.
Empreendedorismo e negócios
Empreendedor de sucesso, o colunista compartilha sua experiência e conhecimento para facilitar a vida de quem atua no mundo dos negócios