Todo ano ouvimos a famosa frase: “O Brasil só começa depois do Carnaval”. E, por mais que pareça exagero, a verdade é que esse período marca, para muitos, o início do ano produtivo.
Mas será que estamos prontos para tirar os planos do papel e fazer acontecer?
O Carnaval, além da festa e da alegria, é um grande exemplo de planejamento e execução. Os blocos que arrastam multidões pelas ruas não surgem do nada. Eles são fruto de organização, estratégia e muito trabalho ao longo do ano. Cada detalhe é pensado: desde o percurso até a equipe de apoio, os patrocinadores, a logística e a experiência do público. Tudo precisa estar bem alinhado para que o evento seja um sucesso.
Nos negócios, a lógica é a mesma. Não basta ter boas ideias ou fazer grandes planos no papel – é preciso agir. O empreendedor que deseja crescer deve enxergar este momento como um marco: passou o Carnaval, agora é hora de executar. Quem já se organizou e começou a colocar a estratégia em prática sairá na frente. Quem ainda não fez, precisa acelerar o passo, porque o bloco do sucesso só ganha força com ritmo, consistência e trabalho.
Então, que este pós-Carnaval seja o momento de entrar de vez no jogo. Planejamento é essencial, mas sem ação, ele não leva ninguém a lugar nenhum. Agora que os tambores silenciaram, o que você vai fazer para que seu ano realmente comece?
No mundo corporativo, o tempo é um dos recursos mais valiosos. E, paradoxalmente, também é um dos mais desperdiçados. Um dos grandes desafios da gestão é equilibrar a necessidade de comunicação com a eficiência operacional. Nesse contexto, o ritual das reuniões se torna essencial para garantir que o time esteja alinhado, que os problemas sejam resolvidos e que as decisões sejam tomadas com agilidade.
Uma reunião bem estruturada não é apenas um evento no calendário; é uma ferramenta estratégica. Quando feitas de forma eficiente, evitam retrabalho, reduzem conflitos e impulsionam a produtividade. Mas, para isso, precisam seguir um propósito claro e uma cadência bem definida.
Um gestor eficaz precisa estabelecer um modelo de reuniões que funcione como verdadeiro sistema de gestão.
Aqui estão os principais encontros que devem fazer parte da rotina de qualquer líder:
Reunião diária (Daily meeting)
Um encontro rápido, de 10 a 15 minutos, no início do dia, para alinhar prioridades, identificar obstáculos e garantir que todos saibam o que precisa ser feito. O objetivo é dar direção e ritmo ao time, sem mergulhar em longas discussões.
Reunião semanal de alinhamento
Um espaço para revisar o andamento das metas, analisar indicadores e discutir problemas que demandam mais tempo. Essa reunião deve ter pauta fixa e focar na solução de problemas, não em divagações.
Reunião mensal estratégica
Diferente das reuniões operacionais, essa deve ter um olhar para o futuro. Aqui, o gestor avalia os resultados do mês, compara com o planejamento estratégico e faz ajustes de rota. É o momento para discutir investimentos, novas oportunidades e revisar a estratégia de longo prazo.
Reunião One-on-One
Esse é um encontro individual entre gestor e colaborador, geralmente quinzenal ou mensal. Seu objetivo é criar um espaço seguro para conversas sobre desempenho, expectativas, desafios e desenvolvimento profissional. Diferente de reuniões operacionais, a one-on-one tem um tom mais pessoal e deve ser conduzida com escuta ativa e direcionamento claro. Quando bem feita, fortalece a relação de confiança, aumenta o engajamento e melhora a performance do time.
Reunião de feedback e desenvolvimento
Gestão não é só números, é também (e principalmente) sobre pessoas. Criar uma cultura de feedback estruturado, com reuniões periódicas para desenvolvimento individual, ajuda a fortalecer o time e a construir um ambiente de alta performance.
Toda empresa nasce de um sonho. Antes de existir um CNPJ, antes do primeiro cliente e do primeiro faturamento, há a visão de um empreendedor que acredita em uma ideia e dedica sua energia para torná-la realidade. Esse sonho, porém, não se sustenta apenas com esforço e determinação. Ele precisa ser protegido.
Uma empresa não cresce apenas com números, mas com princípios sólidos e cultura bem definida. Permitir que pessoas desalinhadas com esses valores façam parte da equipe é um risco que nenhum empresário pode se dar ao luxo de correr. Funcionários, sócios ou parceiros que não compartilham do propósito da empresa podem, pouco a pouco, minar sua base, comprometendo não só os resultados, mas o próprio espírito que move o negócio.
O erro mais comum é acreditar que é possível moldar alguém que claramente não se encaixa, insistindo em uma mudança que, na maioria das vezes, não virá. A verdade é que o sucesso de uma empresa não depende apenas de processos e estratégias bem elaboradas, mas também das pessoas que a constroem diariamente. Se você não proteger seu sonho, ninguém o fará por você.
Portanto, seja criterioso ao escolher quem caminha ao seu lado. Cerque-se de profissionais que compartilhem da sua visão e fortaleçam o propósito da empresa. Porque, no fim das contas, um negócio é muito mais do que um meio de gerar lucro – é a materialização de um sonho. E sonhos, quando bem protegidos, tornam-se legados.
O assunto mais comentado e que ganhou recorde de audiência na última semana foi a recente revogação pela Receita Federal da instrução normativa sobre o PIX. Essa mudança trouxe um novo capítulo para uma discussão que gerou muita polêmica e preocupou diversos contribuintes e empresários.
Em novembro de 2024, a Receita Federal havia publicado uma instrução normativa que determinava a obrigatoriedade de informação de transações realizadas por meio do PIX que ultrapassassem R$ 5 mil para pessoas físicas (PF) e R$ 15 mil para pessoas jurídicas (PJ). A proposta tinha como objetivo principal intensificar o controle fiscal, aumentar a transparência nas transações financeiras e combater práticas como a lavagem de dinheiro.
Essa medida estava alinhada com a Instrução Normativa RFB nº 341/2003, que regula o monitoramento de movimentações financeiras no Brasil há mais de 20 anos. Contudo, a ampliação desse controle para o PIX gerou preocupações, especialmente entre micro e pequenos empresários, que temiam o aumento da burocracia e dos custos para atender às novas obrigações.
Não bastasse isso, a situação foi agravada pela disseminação de informações falsas e boatos que aumentaram a polêmica em torno do tema. Muitos acreditavam que a medida seria uma invasão de privacidade ou que ampliaria drasticamente a fiscalização sobre qualquer tipo de transação, independentemente de seu valor.
Diante dessa reação e das críticas recebidas, a Receita Federal anunciou, em 15 de janeiro de 2025, a revogação da instrução normativa. Com isso, o monitoramento de transações financeiras volta ao modelo anterior: transações acima de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para pessoas jurídicas continuarão sendo monitoradas, como já acontece há duas décadas.
Essa decisão traz alívio para muitos, especialmente os pequenos empresários, que não precisarão mais lidar com os novos limites de R$ 5 mil e R$ 15 mil propostos pela norma revogada. Além disso, reforça que o sistema continuará funcionando como sempre foi, sem alterações drásticas na forma de monitoramento.
Vale lembrar, contudo, que a Receita Federal segue priorizando a fiscalização das transações financeiras no país. A IN 341/2003 continua em vigor e orienta as regras para o controle de movimentações de valores elevados. Assim, tanto contribuintes quanto empresas precisam estar atentos às normas e buscar orientação profissional para garantir a conformidade fiscal.
Dizem por aí que, no Brasil, o ano só começa depois do Carnaval. Mas será mesmo? Para empresários e empreendedores, a realidade é bem diferente. A verdade é que o ano já começou – e começou com tudo!
Os boletos não esperam o Carnaval. Os salários dos funcionários também não. E, se você quer alcançar bons resultados em 2025, não pode deixar o planejamento feito no final do ano passado guardado na gaveta, esperando o desfile passar.
O início de janeiro é mais do que uma virada de página; é o momento de colocar em prática tudo aquilo que foi pensado e planejado. É a hora de transformar metas em ações, estratégias em resultados e desafios em oportunidades.
Enquanto muitos ainda estão no ritmo de festas, o mercado já está girando. Clientes estão decidindo suas compras, concorrentes estão se movendo, e as mudanças econômicas não vão esperar você voltar ao ritmo. Este é o momento de assumir o protagonismo, agir e fazer acontecer.
Para ser bem-sucedido neste ano, não basta reagir às circunstâncias. É preciso estar um passo à frente, liderar com estratégia e ter a coragem de tomar decisões agora. Afinal, os resultados de dezembro de 2025 começam a ser construídos hoje, em janeiro.
Então, eu te provoco: o que você está esperando? Não caia na armadilha de achar que o tempo está a seu favor. Empreender é sobre estar no controle – e o controle começa agora.
Lembre-se: o Carnaval pode até ser só em março, mas seu sucesso depende de começar hoje. O ano já começou. E você, já começou a agir?

Empreendedorismo e negócios
Empreendedor de sucesso, o colunista compartilha sua experiência e conhecimento para facilitar a vida de quem atua no mundo dos negócios