Segundo a nota, o servidor foi exonerado em dezembro de 2023, porém, a Polícia Civil informou que a publicação não foi encontrada no diário oficial do município
Após a Polícia Civil deflagrar a Operação Resiliunt e prender um servidor público municipal por corrupção em Laguna, a prefeitura emitiu nesta sexta-feira, dia 9, uma nota de esclarecimento sobre o caso.
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DIC prende servidor público por corrupção de bolsistas e apreende armas e munições em Laguna
A Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Laguna, deu cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em desfavor de um servidor público municipal, à época lotado como oficial de Gabinete do prefeito, responsável por atos de corrupção em desfavor de bolsistas da Fundação da Família e Assuntos Comunitários Irmã Vera, mais conhecida como Fundação Irmã Vera.
De acordo com as investigações, ao menos desde 2021, o investigado passou a exercer diversos cargos em comissão na estrutura da administração pública municipal de Laguna, tendo, a partir de 18 de janeiro de 2023, passado a ocupar o cargo em comissão de Oficial de Gabinete - AS 3, com lotação no Gabinete do prefeito, segundo portaria publicada no Diário Oficial do Município, conforme extrato nº 4486046.
Em nota, a prefeitura de Laguna informou que ao tomar conhecimento dos fatos mencionados nas investigações, agiu prontamente, resultando na exoneração do servidor em dezembro de 2023, conforme Portaria do Rh 1510/2023 e informou as autoridades competentes sobre as ações tomadas.
“Ressaltamos que desde a exoneração, o ex-servidor não possui mais nenhum vínculo funcional ou institucional com a Prefeitura de Laguna, suas secretarias ou fundações. A administração municipal reafirma seu compromisso com a ética, a transparência e a integridade em todas as suas operações e atividades. A Prefeitura de Laguna permanece à disposição para colaborar com as investigações e reitera o comprometimento em manter a mais alta integridade em seus quadros, promovendo ações para garantir a boa gestão pública e o bem-estar da comunidade lagunense.”
No entanto, a polícia informou que apesar de ter informado ter sido demitido em dezembro de 2023, não se encontrou a publicação da sua exoneração no diário oficial do município.
De acordo com o delegado Bruno Fernandes, coordenador das investigações, apurou-se que, “àqueles a quem o município de Laguna deveria mais acolher e cuidar, inserindo-os em programas sociais e no posterior ingresso no mercado formal de trabalho, foram – em que pese a latente vulnerabilidade econômica e social, alvo de uma verdadeira senda criminosa orquestrada pelo investigado, que, mês a mês, imbuído de sua própria ganância, retirou da mesa dos trabalhadores– ainda que indiretamente – aquilo que lhes era mais caro: o sustento próprio e de suas famílias”. Ainda, que “os atos de constrangimento não cessaram nem quando o investigado parou de exercer suas funções junto à Fundação, medida que reclamou o manejo enérgico de sua prisão preventiva”.
No decorrer do cumprimento do mandado de busca e apreensão, policiais da Especializada apreenderam quatro armas de fogo e diversas munições de variados calibres, que o investigado possuía, com os devidos registros.
Considerando, contudo, que as provas indicam que o investigado portava os referidos armamentos em horário de serviço, todas foram apreendidas até a finalização das presentes investigações.