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COTIDIANO

Trump diz que ataques terrestres na América Latina devem começar 'muito em breve'

Presidente dos EUA reforça ameaça de operação contra alvos ligados ao narcotráfico; Venezuela segue no centro da escalada militar no Carib

Brasil, 03/12/2025 11h36 | Por: Narciso Barone- Redação SIte On
Foto: Divulgação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (2) que os ataques terrestres contra alvos ligados ao narcotráfico na América Latina devem começar “muito em breve”. A declaração foi dada durante uma reunião de gabinete e amplia a escalada militar norte-americana no Caribe, em especial contra a Venezuela.

Trump afirmou que a ofensiva seria uma continuação dos bombardeios a embarcações que, segundo o governo americano, transportam drogas para os EUA. Desde setembro, esses ataques deixaram mais de 80 mortos, a maioria em embarcações que partiram da Venezuela.

Declarações ampliam tensões com o governo Maduro

Apesar de não citar a Venezuela diretamente, Trump fez a afirmação ao responder sobre os ataques marítimos realizados nos últimos meses. O governo americano acusa o regime de Nicolás Maduro de permitir que portos e aeroportos controlados pelas Forças Armadas sejam usados no tráfico internacional de drogas.

Reportagem do Wall Street Journal afirma que os EUA já têm uma lista de alvos militares venezuelanos previamente mapeados, incluindo instalações estratégicas como portos e aeroportos.

Maduro, por sua vez, acusa os EUA de usar o narcotráfico como justificativa política para tentar desestabilizar seu governo. O presidente venezuelano tem feito apelos públicos por diálogo e chegou a conversar diretamente com Trump, mas sem avanço.

Trump diz que qualquer país que trafique drogas pode ser atacado

Durante a mesma reunião, Trump afirmou que qualquer país acusado de enviar drogas aos EUA pode ser alvo de ação militar, ampliando o alcance das ameaças.

Trump citou especificamente a Colômbia, dizendo que laboratórios de cocaína continuam operando no país. Segundo ele, “qualquer um que faça isso está sujeito a ataque”.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, rebateu as acusações afirmando que o país destrói diariamente laboratórios clandestinos e atua ativamente para impedir o tráfico rumo aos EUA.

Contexto do narcotráfico e dados internacionais

De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2025, da ONU, a maior parte da cocaína que chega aos Estados Unidos vem de:

Colômbia

Peru

Bolívia

Já grande parte do fentanil, droga responsável por quase 70% das overdoses nos EUA em 2023, tem origem no México.

Desde setembro, os EUA têm ampliado sua presença militar no Caribe sob a justificativa de combater o tráfico internacional.

COP30, rotas marítimas e pressões regionais

A intensificação das ações marítimas e a possibilidade de ofensivas terrestres ocorrem em meio a debates regionais sobre segurança, fronteiras e tráfico transnacional. A Venezuela permanece como ponto central dessa escalada, enquanto países vizinhos, como Colômbia e México, acompanham com cautela as declarações americanas.

EUA afirmam que ataques salvaram vidas; críticos veem risco de conflito

Trump afirmou que os bombardeios a embarcações “já salvaram milhares de vidas nos EUA” ao interromper o fluxo de drogas. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, reforçou que “traficantes latino-americanos sabem que serão mortos se tentarem enviar drogas”.

As declarações aumentam preocupações de organismos internacionais e especialistas em segurança sobre o risco de um conflito militar direto na região.

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