Glauco Gazola Zanella, ex-secretário de Gestão e Fazenda de Capivari de Baixo, não precisará mais usar tornozeleira eletrônica. Até então o monitoramento era uma das medidas cautelares impostas a ele, desde que sua prisão preventiva por envolvimento na Operação Mensageiro foi revogada, no final de junho.

A decisão do juiz Antonio Marcos Decker, da Vara Única da Comarca de Capivari de Baixo, atende a um pleito da defesa de Glauco, que buscava desde agosto a extensão das medidas cautelares impostas ao ex-prefeito Vicente Corrêa Costa ao ex-secretário municipal, com a revogação do monitoramento eletrônico.

“Com o encerramento da instrução, é o caso de adequar as medidas cautelares aplicadas ao acusado Glauco a fim de equipará-las às aplicadas ao corréu Vicente”, afirmou o juiz. Ainda que revogada a medida cautelar de monitoramento eletrônico, Glauco terá de cumprir as demais determinações da justiça.

Elas consistem em proibição de acesso e frequência a Prefeitura Municipal de Capivari de Baixo, secretaria e/ou autarquias, bem como de manter contato com qualquer testemunha de acusação ou colaborador premiado da ação penal ou de procedimentos conexos da Operação Mensageiro, além do comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades e proibição de ausentar-se da Comarca por mais de sete dias sem autorização do juízo, bem como de mudar de endereço, sem comunicação ao juízo.

Este requerimento com pedido de revogação do monitoramento eletrônico foi reiterado pela defesa de Glauco durante audiência de interrogatório realizada nesta segunda-feira, dia 18.

Além de Glauco e Vicente, também participaram da audiência os acusados: Odair Jose Mannrich (videoconferência), Nerci Kurz (videoconferência), Marcio Pires de Moraes (videoconferência), Jones Rodrigo Gauger (videoconferência), David do Prado (videoconferência), Cristiane Ruon dos Santos (videoconferência) e Altevir Seidel (videoconferência). 

Também a pedido da defesa, o juiz autorizou Glauco e Vicente a acompanharem os interrogatórios dos acusados delatores/colaboradores na última segunda-feira, “especialmente porque não haveria contato visual entre eles”.

Glauco deixou a prisão em 29 de junho por decisão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).