Ministério Público quer que Patrick Correa se mantenha afastado do cargo por mais 180 dias
A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado julga nesta quinta-feira, dia 29, um novo pedido do Ministério Público de ampliação do afastamento de Patrick Correa do cargo de prefeito de Imaruí. Patrick é réu na Operação Mensageiro.
A sessão ordinária física que vai julgar o pedido inicia às 9h. O pleito do Ministério Público é para que Patrick Correa se mantenha afastado do cargo por mais 180 dias. O prazo atual se encerra em março.
De acordo com o advogado Fabio Jeremias de Souza, que representa o prefeito no TJ, a defesa já contrapôs os argumentos contra o pedido do MP. “Entendemos excessivo pois já encerrada a instrução processual”, afirma Souza.
Em 19 de outubro, a 5ª Câmara Criminal decidiu, por unanimidade, readequar o afastamento de Patrick Correa do cargo de prefeito de Imaruí por 180 dias a contar do dia 21 de setembro.
A ampliação no período de afastamento do cargo partiu de embargos de declaração apresentados pelo Ministério Público contra decisão da 5ª Câmara que, em sessão colegiada de 21 de setembro, substituiu a prisão preventiva de Patrick Correa por medidas alternativas, entre elas o afastamento do cargo público então pelo prazo de 30 dias.
Operação Mensageiro
Patrick Correa é acusado de participar do que é apontado pelo GAECO como o maior e mais complexo esquema de pagamento e recebimento de propinas para agentes públicos da história de Santa Catarina. No centro do esquema está a empresa Serrana Engenharia.
A investigação da Operação Mensageiro aponta que ele “teria, com apenas um mês de mandato de prefeito municipal, se reunido com supostos corruptores, firmando pacto oculto para a obtenção de vantagens indevidas recíprocas, decorrentes da prestação de serviços para a prefeitura, em tese, colocando a máquina pública a serviço de corruptores de maneira quase que imediata assim que assumida a função de alcaide”.