Mensagens recuperadas pela polícia apontam ciúmes, instabilidade emocional e desconfiança no relacionamento.
O caso do assassinato do fisiculturista Valter de Vargas Aita, de 41 anos, em Chapecó, segue revelando detalhes que chamam a atenção. Ele foi morto em 7 de setembro, surpreendido por 21 golpes de faca enquanto dormia. Mesmo ferido, tentou pedir ajuda, mas desmaiou e morreu no hall do prédio.
A Polícia Civil aponta a esposa, Andrea Carvalho Aita, como principal suspeita do crime. Ela foi encontrada com ferimentos leves no apartamento, levada ao hospital e, após receber alta, presa preventivamente.
De acordo com os investigadores, a motivação teria sido ciúmes e desconfiança de supostas traições. Trocas de mensagens mostraram ameaças diretas, inclusive com emojis de faca. A polícia também apurou que Andrea teria feito buracos nas paredes para monitorar os passos do marido.
Um dos pontos que chamou a atenção na investigação foi a descoberta de interações da suspeita com uma inteligência artificial. Nas conversas, Andrea relatava depressão, frustrações pessoais e desconfiança em relação ao relacionamento.
Segundo a polícia, os relatos reforçam os indícios de instabilidade emocional e de descontrole diante das suspeitas de infidelidade.
O inquérito revelou ainda que Andrea já tinha sido condenada por tentativa de latrocínio no Rio Grande do Sul. Apesar de conhecer esse passado, Valter e Andrea oficializaram o casamento em 2021.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Santa Catarina, que busca esclarecer todos os detalhes sobre a dinâmica do crime e a motivação da suspeita.