Grupo investigado movimentou mais de R$ 40 milhões em esquema que atingiu diferentes Estados
 Operação da PF mira gangue catarinense e prende 12 por fraude milionária contra a Caixa - Foto: PF
							Operação da PF mira gangue catarinense e prende 12 por fraude milionária contra a Caixa - Foto: PF						A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (21) a Operação Digitus Fraus, que investiga uma organização criminosa de Santa Catarina suspeita de fraudes milionárias contra a Caixa Econômica Federal. A ação resultou na prisão de 12 pessoas e no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí.
Segundo a PF, mais de R$ 40 milhões foram bloqueados das contas dos investigados, valor que deve ser usado para ressarcir os prejuízos causados às vítimas. Além das cidades catarinenses, mandados também foram cumpridos em Brasília e Porto Alegre.
As investigações começaram após três pessoas serem presas em flagrante no Rio Grande do Sul por sacar dinheiro de contas da Caixa utilizando documentos falsos e biometria irregular. A partir desse caso, os agentes chegaram aos supostos líderes do grupo, sediados em Santa Catarina.
De acordo com a PF, as fraudes ocorriam em diversos Estados brasileiros, indicando uma estrutura organizada e hierarquizada. Os criminosos fabricavam documentos falsos a partir de dados de correntistas e, com essas informações, conseguiam acessar contas e realizar saques indevidos.
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Outra modalidade do golpe envolvia o cancelamento fraudulento de cartões via telefone, com a solicitação de uma segunda via enviada a endereços controlados pelos integrantes da quadrilha. Com o novo cartão em mãos, eles transferiam os valores para contas de “laranjas”, que ajudavam a movimentar o dinheiro de forma a dificultar o rastreamento.
Durante a operação, a PF apreendeu 17 veículos e um imóvel, além de documentos e aparelhos eletrônicos que podem comprovar a extensão do esquema.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, estelionato majorado, falsidade documental, lavagem de dinheiro e outros delitos. Se condenados, as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão, dependendo do grau de envolvimento de cada um.
A Polícia Federal segue com as análises de material apreendido para identificar outros possíveis beneficiários e rastrear a origem dos dados utilizados nas fraudes.