Em seu interrogatório, o investigado negou veementemente qualquer intenção sexual e alegou problemas dermatológicos
Divulgação/Folha Regional Um padre foi indiciado por importunação sexual em um estabelecimento comercial em Brusque, no Vale do Itajaí. Segundo o inquérito concluído nesta sexta-feira, dia 12, o crime aconteceu na tarde do dia 1º de outubro, no bairro Santa Rita.
A Polícia Civil apurou que o homem, que se identificou como padre e educador religioso, foi até o comércio por volta das 12h30. O funcionário, de 19 anos, contou aos policiais civis que o autor entrou na loja após observá-lo.
"Conforme o relato do atendente, o homem entrou na loja após observá-lo por fora e, já dentro do comércio, começou a praticar atos libidinosos em si mesmo, exibindo e apertando insistentemente, por cima das calças, suas partes íntimas e encarando o funcionário de forma intimidadora por aproximadamente dez minutos”, informou a Polícia Civil em nota.
As diligências policiais, iniciadas a partir do registro da ocorrência e da análise das gravações das câmeras de segurança do local, foram cruciais para a identificação do autor, cuja identidade era inicialmente desconhecida.
A Polícia Civil conseguiu identificar o veículo utilizado pelo suspeito, que estava registrado em nome de uma entidade religiosa. O homem, que se identificou como padre e educador social religioso, foi devidamente intimado para ser interrogado.
Problemas dermatológicos
Em seu interrogatório, o investigado negou veementemente qualquer intenção sexual ou de constranger o atendente. Ele alegou que sua presença na loja ocorreu para a compra de um presente e de produtos para consumo pessoal.
O padre justificou os movimentos na região íntima afirmando que não teve a intenção de constranger o atendente, mas que ocorreram em razão de um momento de sensibilidade dermatológica. Ele afirmou ainda ter se sentido constrangido pela forma como era observado, sugerindo que o atendente desconfiava que ele pudesse furtar algum objeto.
“Apesar da versão apresentada pelo investigado, baseada na justificativa de um problema de saúde dermatológica no momento, a Polícia Civil, após analisar as imagens do local, os relatórios de investigação e os relatos da vítima, concluiu pelo indiciamento do investigado pelo crime de importunação sexual, com pena que pode chegar a cinco anos de prisão”, destacou a corporação.
O inquérito policial, que tramita sob segredo de justiça, foi formalmente concluído e encaminhado ao Juízo da Vara Regional de Garantias da Comarca de Itajaí e ao Ministério Público para a devida análise e deliberação sobre a persecução penal.
As informações são de ND Mais