Durante a celebração de uma missa, o vigário defende o padre envolvido na polêmica e diz que a igreja foi atacada
Um relacionamento amoroso entre uma mulher e um padre no município de Araranguá vem chamando a atenção da comunidade local e se tornou alvo de investigação policial.
A relação, que durou cerca de um ano e meio, terminou em desentendimentos graves e acusações de ambas as partes, envolvendo a justiça e medidas protetivas – deferida pela 1ª Vara Criminal de Araranguá.
Em entrevista exclusiva à equipe da Post TV, a mulher, que teve sua identidade preservada, relatou os detalhes do caso. Ela revelou que o relacionamento era semelhante ao de um casal comum, com viagens, jantares e momentos compartilhados, inclusive com o conhecimento de sua família. “Era um relacionamento normal, como qualquer outro”, afirmou.
No entanto, ao longo da relação, ela diz que começou a sentir um grande peso emocional. Quando questionada se acreditava que estava sofrendo violência psicológica, a mulher respondeu com firmeza: “Sentia isso o tempo todo. Quando eu queria me afastar dele, o padre vinha e dizia: ‘Não, por favor, fica comigo, eu não sei o que pode acontecer comigo’. Eu carregava muita culpa por causa disso.”
A situação piorou a ponto de a mulher decidir buscar apoio da justiça, que lhe concedeu uma medida protetiva contra o religioso. Por outro lado, o padre também registrou um boletim de ocorrência contra ela, alegando difamação.
A advogada Maria Luiza Goudinho, informou que a Diocese de Criciúma está esclarecendo a denúncia contra o padre judicialmente, inclusive propondo as ações cabíveis. As medidas correm em segredo de justiça. “As medidas correm em segredo de Justiça, não sendo permitido a divulgação ou qualquer pronunciamento. Minha advogada está cuidando do caso e está sendo esclarecido. Realmente registrei um boletim de ocorrência. Mais nada a dizer”, disse o padre.
Após a divulgação do caso, o vigário geral da Diocese de Criciúma, padre Antônio Júnior, se pronunciou publicamente em uma cerimônia ao vivo, em nome do bispo Dom Jacinto Inacio Flach. Ele detalhou o caso envolvendo o padre Daniel Zilli, pároco da igreja católica em Araranguá, citado como envolvido em um suposto romance de mais de um ano com uma mulher.
Conforme o vigário, a igreja foi atacada. “A Diocese está unida com o padre Daniel Zilli. Uma mãe nunca joga o filho fora e quem somos nós para julgar se um irmão errou. Trabalhamos por meses de maneira sigilosa para que o padre não fosse exposto e que a moça não fosse exposta”, diz o vigário geral, Antônio Júnior, em nome da Diocese de Criciúma.
As informações são de Post TV