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COLUNISTAS

Dor de dente após manutenção do aparelho ortodôntico é normal?

23/07/2024 19h57 | Atualizada em 23/07/2024 19h57 | Por: Dr. Cláudio Rogério

Só de pensar naquela consulta de manutenção com seu ortodontista você sofre por antecedência, pois lembra que toda vez que sai dessas consultas sente sua arcada dentária toda dolorida? Isso porque o especialista achou adequado ativar o apetrecho para acertar alguns dentes que precisam ser alinhados. Mas é normal sentir este incômodo?

Por que o paciente sente dor? 

A cada 25 ou 30 dias essa consulta é necessária. Neste momento, o ortodontista vai, criteriosamente, movimentar os dentes que ele julga necessário corrigir. 

Quando o aparelho é apertado, o paciente poderá sentir desconforto após o procedimento. O ligamento ao redor do dente é pressionado e é esta pressão que movimentará o dente durante os próximos dias. Ele também poderá sentir um pouco de incômodo na hora de mastigar alguma coisa. Todos os dentes estão sendo movimentados e a mordida ainda não está correta. Afinal, é por esse motivo que o paciente está em tratamento ortodôntico.

Incômodos que vão além dos dentes

Esse desconforto também pode alcançar regiões vizinhas da boca, como na cervical e na cabeça. Essas dores são causadas não diretamente pelo aparelho, mas sim pela mordida incorreta e por apertamento de dentes, que normalmente são relacionados a estresse. Não tem jeito, todo paciente que “apertar” o aparelho vai desenvolver algumas dores musculares durante o tratamento. Muitos pacientes confundem dores de cabeça de origem muscular com enxaquecas, por exemplo, que tem outras origens. É um processo inevitável, mas que você pode aliviá-los.

É possível acabar com esse desconforto

Algumas técnicas utilizam fios ortodônticos diferenciados e com maior tecnologia, capazes de suavizar o desconforto do paciente. No Brasil a ortodontia já é muito evoluída, e muitos pacientes são tratados com esse tipo de fio mais moderno. Caso o paciente seja mais sensível e tenha muito desconforto, ele poderá recorrer ao remédio indicado apenas pelo profissional. A automedicação nunca é recomendada. O paciente pode ter graves reações alérgicas ou simplesmente não amenizar o problema.

3 mitos sobre piercings na boca

09/07/2024 21h05 | Atualizada em 09/07/2024 21h06 | Por: Dr. Cláudio Rogério

Existem muitos mitos associados aos piercings na boca, que podem levar as pessoas a terem dúvidas e preocupações sobre sua segurança e saúde. 

Vamos agora explorar alguns desses mitos e revelar a verdade por trás deles.

1. Mito: Piercings na boca são extremamente dolorosos

Algumas pessoas acreditam que fazer piercing na boca é uma experiência extremamente dolorosa. No entanto, a dor varia de pessoa para pessoa e também depende da área específica em que o piercing é realizado. 

É importante também saber que os profissionais que realizam piercings na boca devem possuir o conhecimento e a técnica necessária para fazer o procedimento de forma rápida e eficiente, minimizando o desconforto. 

A dor é geralmente descrita como uma sensação de picada aguda, que dura apenas alguns segundos. A possibilidade de virar algo doloroso vai depender dos seus cuidados pós piercing e sua higiene na região.

2. Mito: O piercing na boca não causa danos aos dentes

O piercing na boca pode causar sim danos aos dentes, gengivas e ossos presentes na boca. 

Os principais são: desgaste do esmalte do dente: o atrito constante da joia contra os dentes pode desgastar o esmalte, deixando mais sensível e propensos a cáries; retração da gengiva: dependendo do local onde o piercing for colocado na boca, ele pode pressionar a gengiva, causando retração e expondo a dentina, que é a parte interna do dente mais sensível à dor; perda óssea: em casos mais graves, o piercing na boca pode causar a perda óssea ao redor do dente, o que leva a problemas em sua sustentação.

3. Mito: Não existe diferença entre os materiais dos piercings

Cada material possui propriedades únicas que influenciam na cicatrização, conforto e bem-estar do piercing. A escolha do material correto do piercing depende da sensibilidade, tipo de piercing e estilo da pessoa que está colocando. 

Os principais materiais utilizados são: aço inoxidável; titânio; ouro; prata; madeira; silicone; pedras preciosas.

Riscos e precauções

Antes de fazer um piercing na boca, é importante estar ciente dos possíveis riscos envolvidos e tomar as precauções necessárias para minimizá-los. Alguns dos riscos associados aos piercings na boca incluem: infecção e dano aos dentes e gengivas. Piercings na boca mal colocados ou mal cuidados podem causar danos aos dentes e gengivas e reações alérgicas adversas.

Para minimizar esses riscos, é importante escolher um profissional qualificado e experiente para fazer o procedimento, seguir as instruções de cuidados pós-piercing fornecidas e manter boa higiene bucal.

Inflamação da polpa dentária: saiba tudo sobre a pulpite

25/06/2024 21h57 | Atualizada em 25/06/2024 22h54 | Por: Dr. Cláudio Rogério

Você sabe o que é a inflamação da polpa dentária? Também chamado de pulpite, o quadro é caracterizado pela infecção do tecido com vários nervos e vasos sanguíneos situados na polpa do dente - que é a parte mais interna e sensível do elemento. Quando não diagnosticada e tratada da maneira adequada, a pulpite pode trazer danos irreversíveis para região, afetando a estética do seu sorriso e a saúde bucal.

Antes de entender como surge a inflamação na polpa dentária, é importante compreender as três estruturas de um dente. A camada mais superficial é chamada de esmalte, já a interna é a dentina e, por último, está o nervo do dente que é conhecido como polpa dentária. A inflamação pulpar ou pulpite ocorre quando o dente sofre algum tipo de agressão, levando a uma vasodilatação da polpa. Por esse motivo, quando não diagnosticada e tratada da maneira correta, a inflamação da polpa dentária pode trazer prejuízos maiores para a saúde bucal do paciente, como dores e perda do elemento.

As causas 

Assim como outros problemas bucais, a pulpite pode ser causada por uma série de fatores diferentes. A presença de cáries, por exemplo, é o mais comum. A cárie tem a capacidade de destruir os tecidos duros do dente, e quando afeta a polpa gera o quadro de inflamação pulpar.

Principais sintomas

De maneira geral, o principal sintoma da pulpite é a dor de dente. Nesse caso, diferente do incômodo causado por outros quadros, como a sensibilidade, a dor de dente resultante da pulpite é contínua e intensa. Isso acontece devido a pressão feita pela polpa dentária durante o processo inflamatório. O inchaço na cavidade oral também é outro possível sintoma da inflamação.

Além disso, outros sinais como sensibilidade nos dentes, dificuldade ao abrir a boca ou mastigar, dente escurecido, vermelhidão e inchaço nos gânglios do pescoço também indicam uma inflamação na polpa dentária.

Tratamento 

A escolha do tratamento para inflamação da polpa dentária pode variar de acordo com o estágio e o tipo de pulpite. A diferença para o diagnóstico está na intensidade da dor e na resposta da polpa aos testes de vitalidade realizados no consultório. Nesse caso, o método mais comum para verificar é o teste com um spray gelado no dente afetado e, dependendo da resposta do paciente, é definido se a pulpite é reversível ou não.

Quando tratada em sua fase reversível, o processo de capeamento pulpar indireto seguido da restauração do dente é o procedimento mais indicado para o quadro. Por outro lado, o tratamento é mais invasivo quando se trata de uma pulpite irreversível. Quando irreversível deve-se realizar a pulpectomia, que é a remoção da polpa dentária, e finalizar com o tratamento de canal. No entanto, vale ressaltar que, independente do método utilizado, uma coisa é certa: a pulpite tem cura e pode ser resolvida de uma vez por todas.

Tratamento de canal em dente de leite é possível?

11/06/2024 21h11 | Atualizada em 11/06/2024 21h11 | Por: Dr. Cláudio Rogério

Se realizar um tratamento de canal já causa medo para um adulto, imagine só para uma criança. Muitos papais e mamães ficam espantados ao descobrir que os pequenos também passam por esse tipo de procedimento. 

O tratamento pode ocorrer, na maioria dos casos, por problemas de cáries extensas ou um trauma, como quedas.

Em que momento pode ser feito o canal?

O tratamento de canal é indicado quando a polpa dentária é acometida. A partir do momento em que o dente nasce e entra em posição já está sujeito a sofrer ação das bactérias da cárie, que, quando não tratadas, podem evoluir para um canal. 

Mas somente um dentista poderá determinar a necessidade de um tratamento de canal. É preciso sempre realizar um bom exame inicial e levar em conta algumas questões como idade, análise de raio-X, posicionamento do permanente, impossibilidade de reconstrução, se há reabsorção interna ou externa, entre outros que poderão contraindicar esse procedimento.

Como é feito o tratamento?

O acesso aos condutos e a limpeza do sistema de canais radiculares são bem semelhantes ao procedimento feito em adultos. O que difere é a instrumentação e finalização, pois é preciso levar em conta que o dente permanente irá induzir a reabsorção daquela raiz. Se o caso for de pulpite, uma inflamação da polpa (que é a parte viva do dente), sim, a anestesia local será necessária. Se for um caso de necrose, onde há a “morte” dessa polpa, a criança não precisa receber anestesia.

O dente de leite vai cair mesmo assim?

Mesmo após tratado e salvo, o dente de leite vai cair inevitavelmente e isso não significa que o permanente nascerá com alguma imperfeição. 

Se o tratamento for bem realizado, respeitando o limite de atuação e posição do permanente e eliminando focos de infecção, o permanente não apresentará sequela alguma. Para isso, é importante realizar o procedimento com um profissional qualificado e de confiança.

Pais, fiquem de olho na prevenção

Como tudo na vida, a prevenção é a melhor forma de evitar qualquer tratamento cirúrgico. Além de amenizar a ingestão de açúcar, acompanhe de perto a escovação da criançada, auxiliando os pequenos. 

Utilize pastas com flúor nas crianças maiores de 6 anos e evite que elas façam consumo exagerado de doces e balas no dia a dia.

Por que a higiene bucal infantil é tão importante a longo prazo?

28/05/2024 22h52 | Atualizada em 28/05/2024 22h52 | Por: Dr. Cláudio Rogério

Muitos cuidados devem ser tomados com a nossa saúde em qualquer fase da vida, mas é durante a infância que a maioria deles começa a ser integrado à nossa rotina. Normalmente, isso é influenciado pelos pais da criança, e é primordial se atentar para que questões higiênicas, como a da higiene oral, sejam feitas sempre da maneira correta. Pode parecer que não, mas esse tipo de hábito conta muito quando chegamos à fase adulta. 

Sabe-se que tudo o que é feito repetidas vezes por um determinado período de tempo se torna um hábito. Porém, quando se é criança é muito mais fácil adotar uma rotina e levá-la para o resto da vida. 

Cuidar da higiene bucal desde a infância é um hábito saudável que faz parte da prevenção de doenças bucais. 

Consequências da higiene inadequada

Não é novidade que a falta de uma boa higienização pode trazer muitas consequências negativas para a cavidade oral. Quando ela é realizada de uma maneira inadequada, isso acarreta no acúmulo de placa bacteriana, podendo desencadear uma série de problemas bucais posteriormente. O acúmulo de placa nos tecidos gengivais podem levar a um quadro de gengivite. Quando esse quadro se agrava, gera a periodontite. Essa, por sua vez, pode ocasionar na perda precoce dos dentes.

Por outro lado, quando esse acúmulo de placa acontece na estrutura dental, pode levar a formação de cáries. Quando o problema está mais avançado, alertamos que ele pode acometer a polpa do dente, tornando o tratamento endodôntico necessário e podendo levar até mesmo a uma perda dentária.

Alimentação influencia?

Além de uma boa higiene, outro fator que pode afetar a saúde bucal é a alimentação. Existem alimentos que são chamados de cariogênicos, que são todos aqueles que contém açúcar ou que se transformam em açúcar em nossa boca. Dessa forma, nós passamos a “alimentar” as bactérias responsáveis por causar doenças e acabamos mudando o pH do meio bucal. Isso provoca a perda de minerais que estão presentes no dente, consequentemente favorecendo o surgimento de cáries.

Como incentivar esse hábito no seu filho?

Agora é hora de mostrar o exemplo para seu filho, não é mesmo? Já é sabido que as crianças tendem a repetir tudo que veem os pais fazerem, então, para fortalecer ainda mais a ideia da higiene bucal, é preciso que essa prática faça parte da rotina dos pais ou responsáveis. Além disso, torne o ato da escovação em um momento lúdico e agradável, com músicas, brincadeiras ou demonstrações em bonecos da própria criança. Em casos onde a criança já tem um bom entendimento, sugerimos que é legal explicar por que se deve escovar os dentes.

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