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COLUNISTAS

6 meses do Governo Soratto/Matiola

02/07/2025 00h35 | Atualizada em 02/07/2025 01h01 | Por: Nilton Veronesi

É impossível avaliar um governo de primeiro mandato com apenas seis meses, porém, é razoável levantar alguns pontos que se destacaram (positivos ou negativos) nesses 180 dias. Em Tubarão, o Governo Soratto/Matiola não conseguiu tirar a UPA 24 horas no prazo estipulado. “Ah, mas o governo anterior não fez os encaminhamentos necessários e blá blá blá.” A gestão anterior faz parte da atual, cara pálida. Inclusive o ex-prefeito Jairo Cascaes (PSD) foi nomeado para um dos cargos mais almejados pela classe política da região. Não acho que tenha sido falta de trabalho, porém, foi prometido (não por mim, pelos atuais gestores). E, sinceramente, isso não me assusta, porque sei que a unidade vai sair do papel, afinal, foi a principal bandeira levantada pelo então candidato Estêner Soratto (PL), e ele está empenhado nisso.

O que me espanta é que problemas na saúde, que há muito não se reclamava, como filas na madrugada pra pegar fichas de exames e consultas e falta de alguns medicamentos, têm sido frequentes. Sem a UPA conseguimos viver mais de 14 anos, sem esses serviços não. A zeladoria tem funcionado muito bem (limpeza urbana, poda de árvores, pinturas etc.), já a coleta de lixo não, ainda está devendo muito pelo alto valor que pagamos. Diria que o ponto alto do atual governo tem sido a abordagem social. Secretaria Heloísa Cabral e sua equipe têm feito um trabalho inédito na Cidade Azul. Muitos moradores de rua recebendo a oportunidade de uma vida nova, e os “fios desencapados” sendo encaminhados às suas cidades de origem. 

Prospecção para o futuro 

Penso que com a grana enviada pelo governo de SC, emendas parlamentares e economia com enxugamento da máquina e revisão de contratos (só na educação, cerca de R$ 5 milhões/ano com a nova política de vagas em creches), o próximo ano será mais positivo para a gestão Soratto/Matiola.   

Pesquisa Datafolha     

Pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, neste final de semana, mostra que quase 60% dos brasileiros sentem vergonha do STF, dos deputados e senadores e do governo Lula. Vindo de tal organização, com viés claro de esquerda e que errou muito nas últimas eleições, podemos admitir que os percentuais cheguem a 70%. Ah, evidente que a empresa não fez o recorte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, pois certamente os números seriam mais vergonhosos e afetariam ainda mais a imagem do “sistema”. 

Nós, coroas, estamos por cima em SC

Pesquisa do site de relacionamento MeuPatrocínio mostra que em SC 75% das mulheres da Geração Z, que têm entre 18 e 29 anos, veem mais benefícios em se relacionar com homens das gerações X e Y do que com os da sua própria geração. Entre eles, os nascidos entre o início da década de 1980 e meados de 1990, que estão na faixa dos 35 e 40 anos, saem à frente: a geração Y, ou os Millennials, é a preferida de 52% das entrevistadas catarinenses.

Canal extravasor

24/06/2025 21h00 | Atualizada em 24/06/2025 21h00 | Por: Nilton Veronesi

Bati um papo, na última semana, com o prefeito de Pedras Grandes, Agnaldo Filippi (PP), e ele expôs uma ideia que defende há duas décadas: o projeto de um canal extravasor nas bacias dos rios Tubarão e Capivari. Segundo o alcaide, seria uma solução inovadora para as cheias da região. A ideia consiste na criação de um gigantesco “depósito”, com capacidade de conter (armazenar) até 80 milhões/m³ de água. Ficaria entre a Madre e a Lagoa Santo Antônio dos Anjos. Em caso de cheias na região, comportas e bombas auxiliariam no controle das águas. Em situações normais, o canal poderia ser utilizado para prática de esportes náuticos e aquicultura. Para Agnaldo, a execução seria mais barata que a redragagem do Rio Tubarão e mais útil ao turismo e economia regional. Essas estruturas são muito utilizadas nos sistemas de drenagem em São Paulo, em locais propensos a enchentes, fazendo com que a água seja direcionada a locais seguros. “Antes de contratar a empresa que fará a redragagem, seria prudente ter um projeto para o canal extravasor”, concluiu Agnaldo Filippi. 

Portais da transparência 

O Ministério Público Público de Santa Catarina, que é tão célere em alguns temas e tão moroso em outros, poderia dar uma “espiada” nos portais da transparência de câmaras e prefeituras da região. Um show de falta de informação ou dados publicados em abas erradas, parecendo querer esconder ou não divulgar alguns gastos. Aliás, tenho uma dúvida. Por que só uma empresa de software é responsável por 90% dos portais da região? É quase um monopólio por um serviço bem meia-boca.   

Indústria das consultorias     

Um vereador capivariense confidenciou que uma empresa de consultoria seria contratada para fazer a revisão da lei orgânica da cidade. Quer dizer, um vereador é eleito para esse trabalho, recebe por isso, pode contratar inúmeros assessores para auxiliá-lo no processo e quer contratar uma empresa para terceirizar um serviço que deveria ser feito por ele ou sua equipe. No fim, pagamos os nobres edis e seus aspones para colocarem nomes de rua, falar de um buraco ou outro nas estradas e por aí vai. Legislar pra quê? Se precisar criar ou modificar leis – ou fiscalizar – contrata-se uma firma ou uma auditoria. Justiça seja feita: essa farra na contratação de empresas de assessoria, consultoria e auditoria acontece em praticamente todas as cidades da região. Até gostaria da ideia se pudéssemos substituir os políticos incompetentes por esses serviços contratados. 

Artistas desistiram de salvar a Amazônia?

Em 2024, o Brasil registrou incêndios em uma área de 30 milhões de hectares, o equivalente a 3,5% do território nacional. Os dados são do Relatório Anual de Fogo (RAF), divulgado pelo MapBiomas, com base em imagens de satélite. O número representa aumento de 10% em relação ao ano anterior. Essa foi a segunda maior extensão que o fogo alcançou nos últimos 40 anos, ficando 62% acima da média para o período entre 1985 e 2024, como aponta o MapBiomas.

Delegado Ulisses no jogo

17/06/2025 23h04 | Atualizada em 17/06/2025 23h04 | Por: Nilton Veronesi

Em entrevista ao Jornal Hora Hiper, nesta terça-feira, dia 17, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, não disse “dessa água não beberei” para o pleito de 2026. Em 2018, o delegado foi candidato e obteve mais de 28 mil votos. Tem feito o “bambu roncar” com um trabalho de prevenção e combate ao crime, o que tem o aproximado do governador Jorginho Mello. Dois delegados eleitos em 2022 não disputarão ano que vem (Egídio, eleito prefeito de Blumenau, e Maurício Eskudlark, que deve se aposentar). Nessa sanha de justiça que vive a população e a pauta da segurança cada vez mais em evidência, não tem como descartar o chefe da Polícia Civil catarinense. 

Carlos Bolsonaro? 

É um ultraje ao catarinense forçar o filho do ex-presidente Bolsonaro, vereador carioca Carlos Bolsonaro, como candidato ao Senado por SC. Evidentemente que o catarinense tem um viés de direita e a eleição de 2026 é extremamente importante, pois renovará dois terços da “Casa Alta”. Agora, o Estado tem nomes bons suficientes. Perder uma sumidade política como o senador Esperidião Amin (Progressistas), conhecedor das entranhas de Brasília e respeitado por todas as vertentes políticas do Brasil, por um mero desejo da família é sacanagem. A própria Júlia Zanatta merecia esse reconhecimento. Não sei se o catarinense vai engolir essa forçação de barra.   

Polêmica das bolsas     

Era bem óbvio que o programa Universidade Gratuita seria “discriminatório” com a Amurel, afinal não temos nenhuma entidade comunitária. Questionei à época os deputados da região sobre isso, afinal Unisul e Fucap (as duas maiores da região) são privadas. Fingiram não me ouvir. Agora vem o discurso fácil e bonitinho: “a Unisul não é de Tubarão, foi vítima das péssimas administrações e blá blá blá”. Talvez outras universidades estariam na mesma situação da Unisul, se não fosse a benevolência do governo de SC com o programa. A realidade é: das 450 bolsas disponibilizadas em 2024, apenas 105 foram confirmadas em 2025. Não é meia dúzia como disse o governador e não vejo os tais representantes do povo se manifestarem. 

A gastança não para

Uma semana após Lula desembarcar de luxuoso tour por Paris (França), onde só a hospedagem da enorme comitiva custou mais de R$ 1,2 milhão, conforme revelou a coluna, a nova viagem internacional do petista já custou aos pagadores de impostos mais R$ 1,3 milhão só com aluguel de limosines e carrões de luxo para assessores. Somada a fatura de R$ 974,4 mil pelo mesmo serviço na capital francesa, o gasto com carrões para transportar Lula bate na casa dos R$ 2,3 milhões. A gastança é para atender a agenda do presidente como coadjuvante do G7 no Canadá, cuja duração nem chega a 24 horas.

'Pedala' em Jaguaruna

10/06/2025 23h02 | Atualizada em 10/06/2025 23h02 | Por: Nilton Veronesi

Pouca gente sabe, mas eu tenho um dicionário com alguns dialetos do bairro Oficinas (Zófa pros íntimos). Lá você pode encontrar o termo “levou um pedala”. Eis o significado: aquele(a) que não é reconhecido; aquele(a) que foi excluído; “qualidade” de quem não reconhece o bem que lhe foi oferecido nem a ajuda. Em Jaguaruna, a candidata à vereadora Amanda Aguiar (Novo), que fez uma grande votação e ficou na primeira suplência, “levou um pedala” do prefeito Laerte Silva (Podemos). Injustificável pelo grande trabalho feito enquanto coordenadora de comunicação e na campanha de 2024, período em que vestiu a camisa literalmente para a reeleição do alcaide e a sua própria, fazendo 233 votos. Perde o município (e o próprio Laerte, pois digamos que a comunicação não é o seu forte), ganha a região, já que a jovem tem se destacado prestando serviços de assessoria a vereadores, dando ideias e orientações sobre projetos que podem ser executados em seus respectivos municípios. 

Partido Novo 

Falando no Novo, a sigla tem dois nomes para disputar a eleição em 2026. Kauê Locks é pré-candidato a deputado federal, e o vereador jaguarunense César Damiani pode disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de SC. Em 2024, o partido elegeu para Alesc Matheus Cadorin com pouco mais de 12 mil votos. Evidente que a régua vai subir, mas o Novo deve ser o partido a eleger mais representantes com menos votos. “Ah, Niltinho, então tu achas possível a eleição de ambos?” Não, mas há uma máxima na política: se faz uma eleição, pensando na outra. Locks e Damiani sabem disso. Na Jagua, Laerte não vem pra reeleição. Na Cidade Azul, há um déficit de candidatos.   

Rachadinhas     

O ex-amigo, desafeto e analista político no HC e na Tubá Haroldo de Oliveira Silva, o Dura, falou sobre crimes de “rachadinha” que estariam ocorrendo na região. A mesma denúncia chegou a este colunista e fica o alerta: abram os olhos, senhores vereadores da Amurel. Sim... Vereadores! 

Extravagâncias do presidente

Um chefe de Estado tem que ter algumas regalias, isso é mais que normal. Agora, o que temos visto é algo fora do comum. O presidente Lula e a primeira-dama Janja torram a grana do pagador de impostos sem o mínimo de pena dos velhinhos roubados pelo INSS durante o seu governo. Alguns números da viagem do casal e comitiva à França. Hospedagem: R$ 1,2 milhão (isso que o Brasil tem quartos luxuosos em sua embaixada em Paris). Locação de carros de luxo: R$ 974 mil. Cachê de cantora brasileira para um jantar oferecido ao presidente francês: R$ 168 mil. É muita grana jogada fora.

Exemplo de vereadora

03/06/2025 22h21 | Atualizada em 03/06/2025 22h21 | Por: Nilton Veronesi

Queria muito que fosse uma legisladora (ou um legislador) daqui, mas o bom exemplo vem de Floripa. A vereadora Manu Vieira (PL), presidente da CCJ, solicitou informações sobre a atuação dos servidores comissionados na Câmara. “Verificamos situações graves, como servidores nomeados para determinadas comissões, mas que não aparecem nas reuniões ou sequer cumprem suas atribuições. Atrasos nas redações finais, diligências paradas e falta de comunicação adequada são problemas constantes, prejudicando diretamente o trabalho legislativo e a eficiência desta casa”, justificou Manu em suas redes sociais. Aqui na região, os nobres edis acham que só o Executivo deve ser fiscalizado. Legislativos inchados e ineficientes, que, nos últimos anos, custaram aos nossos bolsos quase R$ 200 milhões. Para usar as tribunas e falar mal de prefeitos são uns leões. Para dar transparência à “Casa do Povo” são umas tchuchucas. 

Tá bom, mas tá ruim 

A empresária e coordenadora de projetos culturais Lari Hemkemeier passou um dado interessante. Com o encerramento do prazo de declaração do imposto de renda no último dia 31 de maio, o valor aportado aos fundos sociais da Amurel aumentou 67% se comparado a 2024. Em Tubarão, aumentou em 97%. Um bom sinal? Sim, porém, muito aquém do potencial total, já que a região poderia repassar cerca de R$ 20 milhões, mas o total aportado ficou na casa de R$ 1,1 milhão.   

João Rodrigues quer o União Progressista     

Na última sexta-feira, o prefeito de Chapecó e pré-candidato ao governo de SC, João Rodrigues (PSD), esteve em Tubarão e concedeu entrevista coletiva. Rodrigues tem um discurso afiado, eloquente e é muito bom de improviso. Disse que acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro não subirá no palanque de nenhum candidato no primeiro turno; tem esperança de que o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), tenha uma posição na majoritária encabeçada por ele; e que tem “afinidade política” com o União Progressista. Não é novidade que a nova federação está rachada. De um lado deputados estaduais e federais que querem o chapecoense. No outro o senador Esperidião Amin, que quer a reeleição ao lado de Jorginho Mello. A ver quem ganha essa queda de braço. 

Mais um recorde de Lula

O ciclo danoso do governo de Lula (PT) às contas públicas foi evidenciado pelo Banco Central com a constatação de prejuízo recorde de R$ 2,73 bilhões registrados pelas empresas estatais federais somente entre janeiro e abril deste ano. Foi o pior desempenho em 23 anos da série histórica, iniciada em 2002. Eis o desastre dos primeiros quadrimestres do governo Lula 3: R$ 1,842 bilhão, em 2023; R$ 1,678 bilhão, em 2024; mais os R$ 2,73 bilhões deste ano de 2025.

Nilton Veronesi

Política

Nunca ‘café com leite’, sempre contundente. Esta é receita imbatível de Niltinho Veronesi para a sua coluna política, que destrincha os bastidores e traz ao público informações exclusivas, sempre com sua opinião firme e irreverente

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