Em entrevista ao jornalista Upiara Boschi, o deputado federal e presidente do União Brasil, Fabio Schiochet, deixou claro que a prioridade número um da sigla é a reeleição do senador Esperidião Amin, independente da coligação. “Onde não há espaço para o senador Amin, não há espaço para o União Progressista. Tanto o governador Jorginho Mello (PL), quanto o prefeito João Rodrigues (PSD), se acham que podem embarrigar o partido e chegar na hora dar um cavalinho de pau, isso não vai existir. A condicionante principal é a reeleição do senador Amin”, destacou Schiochet. Lembrando que a federação é a segunda maior bancada na Alesc e também garante a governabilidade do governo Jorginho Mello. Ainda assim, líderes do PL, sem ter maioria no parlamento, defendem chapa pura.
Fator Adriano Silva
Em pesquisa publicada na última semana, o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), apareceu com 8,7% das intenções de voto. Político da nova geração, empresário e um dos mais bem avaliados chefes de Executivos municipais de SC, o liberal pode atrapalhar a vitória em primeiro turno do governador Jorginho Mello. Não só isso. Imagine um cenário hipotético em que a deputada federal Carol De Toni migre para o Novo, com seus mais de 45% para o Senado de SC, em uma coligação mais enxuta, que enalteça a eficiência na administração joinvillense com as bandeiras conservadoras da parlamentar. Enfim, são variáveis que podem tirar o sono do governador. É bom que se diga, Adriano se mostrou muito alinhado com Jorginho. A ver se esse alinhamento continua depois destes bons números apresentados.
SC é diferente
Nesta semana, um gráfico com os percentuais da população beneficiada com o Bolsa Família, em cada Estado do Brasil, chamou a atenção. Enquanto a média nacional está em 18%, em SC apenas 4,4% adere ao programa. A economia pujante e a gigante oferta de empregos são os fatores para os números tão expressivos e positivos em Santa Catarina. Coincidentemente (ou não), os Estados com maior número de beneficiários (proporcionalmente) são aqueles governados pela esquerda. Ah, lembrando que nestes casos, essas mesmas unidades de federação têm os piores índices na segurança pública. Pra ficar só nessas duas frentes.
Republicanos
Mesmo contrário aos posicionamentos políticos/ideológicos do deputado federal Jorge Goetten, é necessário destacar o trabalho que vem realizando à frente do Republicanos/SC. Acho muito difícil sua reeleição, mas certamente esses movimentos de base com filiações de prefeitos, vices, vereadores e até da deputada Geovania de Sá mostra que em Santa Catarina a sigla vai aumentar a representatividade. Para a Alesc tem a reeleição de Sergio Motta bem encaminhada. Certamente fará uma segunda cadeira (e quem sabe terceira) com votações mais baixas, e, nessa toada, aparece o nome do reitor da Fucap, Expedito Michels. O capivariense tem respeito da comunidade com muitos serviços prestados. Basta canalizar isso em uma boa estratégia de marketing, já que a região litorânea está órfã, e só Pepê Collaço (União Progressista) deverá conseguir a eleição. É difícil? Sim, mas penso que o Republicanos elege uma cadeira com algo em torno de 20 mil votos. É impossível dentro de um universo de 300 mil eleitores? Não. A ver.
O governador Jorginho Mello (PL) tem conduzido o partido com uma tranquilidade irritante. E ele está certo. Enquanto a direita se digladia em público, o governador afaga todos os envolvidos. No Rota 22, neste final de semana, no Vale do Itajaí, colocou a deputada estadual Ana Campagnolo no “andor”. Enalteceu a parlamentar e o seu histórico político. Já havia feito isso com o vereador carioca Carlos Bolsonaro, quando confirmou sua pré-candidatura ao Senado por SC. O mesmo aconteceu com a deputada federal Carol De Toni. O chefe do Executivo catarinense não entra em dividida e já falou mais de uma vez que “anteciparam demais as eleições no Estado”, nas investidas do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Uma forma fácil de tirar o foco das polêmicas. Não à toa nunca perdeu uma eleição.
Paulinha contra o sul
O prefeito de Laguna, Preto Crippa, teceu críticas contra a deputada estadual Paulinha (Podemos) por tentar levar o curso de medicina da Udesc para Balneário Camboriú. A vinda do curso não seria bom só para Laguna, seria bom para todo o sul. Está na hora de a bancada do sul também entrar no jogo. Com o presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), e o presidente da CCJ, Pepê Collaço (União Progressista), ambos da região, perder essa queda de braço seria vergonhoso. É uma “briga” apolítica. Todos deveriam levantar essa bandeira. A propósito, a ex-prefeita de Bombinhas está fazendo o papel dela e defendendo os interesses da sua base eleitoral.
O fim do PSDB
O partido que já presidiu o Brasil está a poucas eleições do seu fim. Caciques como Aécio Neves, desconectados com a realidade, têm aparecido em peças publicitárias se colocando contra os extremos. Sim, eram “antipetistas” e hoje são moderados, com uma leve caída pra canhota. O PSDB perdeu o timing, não se reinventou, achou que o tempo de TV - na era das mídias digitais – o salvaria, se aliou à esquerda em várias federações e definhou. Elegeu três governadores em 2022, e todos já foram para outras siglas. Em SC, ficou apenas o deputado estadual Marcos Vieira, que, convenhamos, não é um símbolo de renovação e linguagem contemporânea. É mais uma espécie de tucano na lista de extinções no Brasil. Os ninhos estão cada vez mais vazios.
País da impunidade
As suspeitas de crimes em contratos de R$ 120 milhões em verbas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) levou o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a bloquear R$ 4,5 milhões em bens e ativos dos investigados. A Operação Lamaçal, deflagrada nesta terça-feira, dia 11, investiga crimes contra a administração pública e lavagem de capitais com recursos federais enviados para socorrer vítimas da catástrofe das enchentes de maio de 2024, no Rio Grande do Sul. Mensalão, Lava Jato, bandalheira nas compras de respiradores na pandemia e, agora, essas investigações de roubo na maior tragédia climática da história. Sem fazer muito esforço, somente nesses escândalos mais midiáticos, sabe o que eles têm em comum? Nenhum político vagabundo preso. Vale muito a pena ser político picareta no Brasil.
A polêmica da semana em SC foi a declaração da deputada estadual Ana Campgnolo (PL), que simplesmente relatou uma situação verídica. Pra corroborar com a parlamentar, vou tentar fazer uma cronologia dos fatos. Em 2022, o PL elegeu o governador Jorginho Mello e 11 deputados estaduais. A Alesc tem 40 cadeiras. Pra ter a governabilidade, Jorginho convidou MDB e PP para compor o governo. De lá pra cá, o espaço aos emedebistas aumentou, foi efetivada a federação União Progressista, houve um acordo nacional em que o ex-presidente Bolsonaro indicaria um dos dois nomes do Senado (por óbvio, em SC também) e o desenho da aliança para 2026 estava desenhado. O que ninguém esperava é que Jair indicaria Carlos Bolsonaro. Pela coligação arquitetada pelo governador de SC, Campagnolo falou o óbvio: a deputada federal Carol De Toni, que era o nome do PL até então, não concorreria o Senado pela coligação, pelos acordos firmados por Jorginho Mello. Isso tudo é informação, não é opinião. A candidatura de Carlos Bolsonaro é legítima, o que não pode é ele quebrar a autoridade do governador, como tem feito, dizendo que o partido terá as duas vagas ao Senado, implodindo acordos políticos feitos desde 2022. Gostem ou não, a maior liderança do PL em SC chama-se Jorginho Mello, e o 03 deveria ao menos ter essa consideração e respeito.
Lixo em Tubarão
Sem dúvidas o maior desafio do Governo Soratto/Matiola. São pilhas e pilhas de lixo em vários bairros. Os contratos emergenciais foram firmados com empresas ‘meias-bocas’, que não conhecem as entranhas de Tubarão e vão levar muito tempo pra se adequar. A população quer uma solução imediata, com razão, afinal, paga-se caríssimo pelo serviço. Como em qualquer outro serviço não realizado, seria de bom-tom órgãos de fiscalização entrarem na jogada. Ué, quando um serviço de telefonia não está funcionando, o cliente vai ao Procon e medidas são tomadas, inclusive com desconto dos dias em que o contrato não foi obedecido, por que com a prefeitura de Tubarão é diferente? Se o prefeito fosse o Jairo Cascaes, teria vereador explodindo vídeos nas redes sociais. Aliás, a Câmara de Vereadores de Tubarão já custou quase R$ 10 milhões só em 2025, pra quê? E mais: tem cerca de R$ 5 milhões em caixa. Dinheiro jogado fora. Se tivessem senso coletivo, devolveriam a grana para o Executivo para que fosse descontada a taxa do lixo da população. Mas nem pra isso serve. População tá certíssima em cobrar forte e precisa cobrar mais os nobres edis.
Globo com a boca na orelha
O Governo Lula aumentou em R$ 116 milhões a verba disponível para publicidade, ultrapassando os R$ 875 milhões. Economia em baixa, taxa de juros nas alturas e o presidente gastando como se não houvesse amanhã. O Ministério da Educação ainda não tem grana para compra de materiais didáticos, a Polícia Federal não tem R$ 97 milhões para emissão de passaportes, mas o governo pode entupir os grandes veículos de comunicação de propaganda. Só a Globo recebeu em 2023 e 2024 cerca de R$ 177 milhões. Só em INSS a emissora deve R$ 138 milhões ao governo federal. Somos muito trouxas.
Só rindo
Tubarão se destacou nacionalmente ao ocupar a terceira posição no ranking das cidades mais seguras do Brasil em 2025, segundo o “Anuário Cidades Mais Seguras do Brasil”. Segundo especialistas de segurança pública de esquerda, esse índice só foi possível graças à Pedreira Falchetti, que municia fortemente as forças de segurança com muitas pedras para atacar bandidos armados e, por consequência, diminui a criminalidade.
O que acontece na Assembleia Legislativa de SC é uma verdadeira farra. Deputados torram nosso suado dinheirinho sem o menor pudor. As verbas de gabinete bancam mordomias injustificáveis. TV a cabo, correspondência (sim, em plena era digital tem uma turma mandando cartinha), aluguel de escritórios em suas bases eleitorais e as malditas diárias. Em 2025, só com esses abusos a Alesc já torrou quase R$ 15 milhões. Dinheiro jogado fora. Eis o top 10 dos deputados estaduais mais gastões: 1º Paulinha (Podemos), R$ 548 mil; 2º Sílvio Júnior (PTB), R$ 527 mil; 3º Carlos Humberto (PL), R$ 507 mil; 4º Marcos Vieira (PSDB), R$ 506 mil; 5º Rodrigo Minotto, R$ 489 mil; 6º Luciani Carminatti (PT), R$ 483 mil; 7º Marcos da Rosa (União), R$ 468 mil; 8º Nilso Berlanda (PL), R$ 468 mil; 9º Ana Campagnolo (PL), R$ 460 mil; e fechando o ranking indecoroso, Padre Pedro (PT), R$ 446 mil. Para efeito de comparação, o deputado Jessé Lopes (PL) gastou apenas R$ 3,9 mil, e, convenhamos, gostem do trabalho dele ou não, é um dos que mais têm visibilidade na mídia. Da região, Pepê Collaço (União Progressistas) torrou R$ 411 mil (R$ 191 mil em diárias) e Volnei Weber R$ 356 mil (R$ 177 mil em diárias). Um deboche com o pagador de impostos.
Normalizaram a politicagem
Em Capivari, cenas dignas do “Teatro do Biriba”. Uma esculhambação. Ninguém defende projetos, programas pra população. Episódio recente, o prefeito Claudir Bitencourt (PL) se vangloriou de não cumprir um acordo com a vereadora Heloisa Cardoso (MDB), porém, entupiu a prefa de gente que ele bateu durante toda a campanha. Por outro lado, a nobre edil, claramente, bate de forma desenfreada no governo, pois não recebeu o espaço prometido. Não sejamos ingênuos: se a vereadora tivesse conseguido a lista imensa de cargos na prefeitura, com certeza não estaria batendo. Não contentes, os vereadores Fernando Júnior (PSDB) e Felipe Alves (PL) quase foram às vias de fatos na sessão da última segunda-feira, dia 27. Um verdadeiro horror. E o povo? Ah, o povo que se ferre.
Quando pensamos que não dá pra piorar
Pesquisa Real Big Data mostra que os eleitores de Alagoas devem reconduzir o picaretíssimo Renan Calheiros (MDB) ao Senado e seu filho Renan Filho (MDB)ao governo do Estado. Essa é a nota. Difícil acreditar no Brasil.
Habemus candidato
Segundo o amigo e fofoqueiro político (ele diz que é analista) Haroldo de Oliveira Silva, o Dura, o PL da Amurel bateu o martelo e o candidato do partido será o vice-prefeito de Armazém, Guilherme Penacho. Foi o nome que mais trabalhou para isso, merece. Dito isso, terá o trabalho mais difícil, já que precisa regionalizar o nome e unir as principais lideranças para apoiá-lo. A ver qual tipo de apoio Penacho receberá dos prefeitos e vereadores da sigla. Será um apoio incondicional ou tímido? Só a primeira opção dará algum tipo de chance ao armazenense.
Preto no Republicanos
Pra surpresa de zero pessoas, o prefeito de Laguna, Preto Crippa, se filiou ao Republicanos. Já escrevi isso e repito: o partido virou o recanto dos “anti-Bolsonaro”, “pseudo direita”, “esquerda enrustida” ou qualquer outra denominação nesse sentido. O governador Jorginho Mello (PL) assumiu as rédeas da sigla (seu irmão é o vice-presidente estadual) justamente com esse intuito. A esquerda nunca esteve tão forte em SC, nunca recebeu tantos espaços como tem recebido, seja nos municípios, seja no Estado.
Por mais que os prefeitos do PL da Amurel queiram dar um ar de naturalidade, dizer que as eleições de 2026 estão longe e blá blá blá, é preocupante, para aqueles que se consideram de direita, a falta de organização e atitude no que tange o pleito do ano que vem. Vamos lá: a região tem sete prefeitos (quase 8, já que Helinho Alberton, chefe do Executivo de Grão-Pará, deve se filiar em breve), dezenas de vereadores e vices e incontáveis simpatizantes do “22”, mas promover um evento político, com a presença do governador Jorginho Mello, com meia dúzia de “gatos pingados” é um verdadeiro vexame. É chato, repetitivo, mas vai acontecer. Candidatos de fora vão fazer a festa na região. E não venham as entidades representativas fingirem preocupação, dois meses antes da eleição, com o tal “Voto pela Amurel”. Mais uma oportunidade que perdemos por falta de políticos com “culhão”. Ah, embora minha bola de cristal seja da Tim, às vezes ela funciona: a esquerda tende a aumentar os votos por aqui, por tudo isso que tenho falado há tempos.
Jorginho banca MDB e Carluxo
O governador de SC, Jorginho Mello (PL), que é ensaboado quando o assunto é “eleição 2026”, cravou: o candidato a vice será do MDB e o vereador carioca Carlos Bolsonaro será candidato ao Senado. Ainda afirmou que o União Progressista está no governo. Portanto, é fácil imaginar que a outra vaga à “Casa Alta” será do senador Esperidião Amin. Nesse contexto, a deputada Carol De Toni (PL) e o PSD precisarão traçar novos caminhos. Juntos? Difícil. Está muito claro que o governador já tem um time para a majoritária formado.
Quem reclama dos preços em SC
Alagoas é o Estado onde os turistas realizaram os maiores gastos diários em viagens nacionais em 2024, conforme a pesquisa PNAD Contínua/Turismo: cada visitante que permaneceu ao menos uma noite por lá desembolsou, em média, R$ 366 por dia. Valor que supera Distrito Federal (R$ 362), Pernambuco (R$ 351), Rio de Janeiro (R$ 348), Ceará (R$ 326), SC (R$ 323), Bahia (R$ 305), São Paulo (R$ 295), Rio Grande do Sul (R$ 285) e Rio Grande do Norte (R$ 284), que completam o ranking de 10 no quesito. Certamente, se recortar somente Balneário Camboriú, Itapema e Floripa ficaríamos na liderança.
Por isso querem mais impostos
O governo Lula (PT) já gastava, sem dó, R$ 1 milhão dos pagadores de impostos por dia com as viagens dos alegres ocupantes de cargos de confiança, mas depois ligou o botão do “exploda-se” e passou a torrar quase R$ 5 milhões, todo santo dia, em média, para bancar os passeios da turma. O gasto médio anterior foi registrado nos primeiros 45 dias do ano, entre janeiro e fevereiro, mas, na sequência, de acordo com o Portal de Transparência, o governo petista meteu o pé na jaca com gosto. A febre de viagens lulista coincide com a fabulosa oferta de opções da moderna tecnologia, como videoconferências, que dispendam viagens. Entre março e outubro, média de despesas com diárias e passagens disparou de R$1 milhão para mais de R$ 4,8 milhões por dia. O total não inclui gastos de Lula, Janja e as outras 45 autoridades que se aproveitam da regalia dos jatinhos da Força Aérea Brasileira. No total, o governo torrou mais de R$ 1,4 bilhão com diárias e passagens desde janeiro e até outubro. As informações são do jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

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