A chuva segue persistente, por vezes intensa em curtos períodos de tempo, especialmente nas áreas litorâneas e áreas serranas. São Francisco do Sul e Joinville foram as cidades onde mais choveu nas primeiras horas desta terça-feira
Divulgação/Folha Regional A passagem de um ciclone extratropical provoca instabilidade no tempo ao longo desta semana em Santa Catarina. Nesta terça-feira, dia 9, o ciclone já provoca os primeiros pontos de alagamentos causando transtornos aos moradores.
A região mais afetada é a do Norte do estado. Em apenas seis horas, choveu 48,8 milímetros em São Francisco do Sul. Na sequência vem Joinville. Enquanto a primeira registrou 48,8 milímetros de chuva em seis horas, a segunda registrou 42,6. Depois, vem Garuva, com 37,2.
Na medida em que o ciclone avança em direção a Santa Catarina, na terça-feira, as instabilidades aumentam. A chuva segue persistente, por vezes intensa em curtos períodos de tempo, especialmente nas áreas litorâneas e áreas serranas próximas.
O risco é alto para ocorrências associadas, principalmente alagamentos e enxurradas. No Litoral, as rajadas de vento ficam mais fortes, podendo atingir 70 km/h.
.jpg)
Na quarta-feira, dia 10, o ciclone se afasta para alto mar e a instabilidade perde força. No entanto, o vento aumenta, com rajadas entre 60 e 80km/h na maior parte das regiões. Nas áreas mais costeiras e serranas essas rajadas podem chegar aos 100 km/h em alguns momentos. Neste dia, ainda são esperadas pancadas de chuva rápidas, mas o risco de ocorrências diminui.
Além disso, o mar fica agitado ao longo da quarta e quinta-feira, dia 11, com risco de ressaca e ondas entre 3,0 m e 3,5 m, com picos de até 4,0 m em alto mar no Litoral Sul. Na quinta, entretanto, não há mais condição para chuva e o vento passa a soprar de sudeste.
Na sexta-feira, dia 12, a formação de um novo sistema de baixa pressão entre o Paraguai e o oeste da Região Sul, volta a deixar o tempo instável, com condições para temporais com chuva pontualmente intensa.
Ciclone atípico
De acordo com meteorologistas da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina e da Epagri/Ciram, o ciclone extratropical previsto para esta semana é considerado atípico por se desenvolver em período mais quente do ano e por se formar muito próximo da costa, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.
Outro aspecto incomum é a pressão atmosférica mais baixa do que a observada normalmente e o deslocamento lento do sistema, fatores que aumentam os impactos sobre o estado. Por isso, os efeitos do ciclone devem se estender desde seu processo de formação na segunda-feira, dia 8, até seu afastamento para alto-mar, previsto para quinta-feira, dia 11.