O caso veio à tona após denúncias de que o acusado exigia vantagens indevidas de funcionários da Fundação Irmã Vera, aproveitando-se da vulnerabilidade social e econômica das vítimas
Um ex-funcionário público municipal de Laguna foi condenado a quase nove anos de prisão por crimes de concussão e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A sentença é resultado de uma investigação minuciosa conduzida pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Laguna ao longo de 2024.
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Após prisão de servidor por 'rachadinha', prefeitura de Laguna emite nota de esclarecimento
O caso veio à tona após denúncias de que o acusado exigia vantagens indevidas de funcionários da Fundação Irmã Vera, aproveitando-se da vulnerabilidade social e econômica das vítimas. As investigações revelaram um esquema de "rachadinha", no qual o servidor público abusava de sua posição para extorquir parte dos salários dos trabalhadores.
A DIC de Laguna coletou provas contundentes que foram prontamente apresentadas ao Ministério Público. A promotoria, por sua vez, moveu uma ação penal, que foi analisada com igual celeridade pelo juízo da Comarca de Laguna.
O réu foi condenado por 11 crimes de concussão, além do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ficou comprovado que o ex-funcionário portava uma pistola Taurus calibre 9x19mm em seu ambiente de trabalho, usando-a como instrumento de intimidação contra os funcionários da Fundação.
A pena imposta alcança oito anos, 11 meses e três dias em regime inicial fechado. A Justiça determinou ainda a reparação de danos morais no valor de R$ 5 mil para 11 vítimas e danos materiais em valores variados para as pessoas prejudicadas. Ele também foi condenado a pagar 38 dias-multa no valor de um trigésimo do maior salário mínimo vigente à época dos fatos. O atraso nos pagamentos implicará em acréscimo de juros e correção monetária.
A sentença determinou que o condenado cumprisse sua pena no presídio de Laguna, onde permanece à disposição do Poder Judiciário. O direito de recorrer em liberdade foi negado, garantindo que o réu permaneça encarcerado durante todo o processo.