Todo mundo quer um time de alta performance. Mas poucos estão dispostos a pagar o preço.
Treinar pessoas dá trabalho. Exige tempo, energia, paciência e, principalmente, constância.
Exige parar tudo, sair da operação e olhar para quem faz o resultado acontecer. E isso custa caro. Mas sabe o que custa ainda mais? Um time mal treinado.
Gente boa, sem treinamento, vira problema.
Gente mediana, com bom treinamento, vira solução.
Gente excelente, bem treinada, vira diferencial competitivo.
Empresas que crescem são aquelas que não terceirizam a formação de seus talentos. Elas criam cultura, formam lideranças, corrigem rotas e mantêm o time afiado.
Alta performance não é ter um craque e dez carregando o piano. É ter um time inteiro comprometido, treinado, alinhado e em constante evolução.
E é por isso, por exemplo, que no próximo sábado, dia 28, vamos realizar o 1º Hold Summit com o tema: “Nosso próximo nível: pessoas, propósito e performance”.
Será um dia inteiro dedicado aos mais de 50 colaboradores da Hold Contabilidade, com palestras técnicas, conversas sobre excelência, dinâmicas, alinhamento de metas e premiações.
Porque manter a excelência exige disciplina.
E nós escolhemos o caminho mais difícil — o de continuar melhorando, juntos.
Empreender é um ato de amor. A gente começa com a mão na massa, cuidando de cada detalhe, atendendo pessoalmente os clientes, garantindo que tudo saia perfeito. Com o tempo, o negócio cresce. Cresce tanto que já não dá mais para estar em todas as frentes. E aí vem uma dor silenciosa, que poucos comentam: a dor de delegar.
Recentemente, tenho sentido isso na pele. Em muitas das minhas empresas, já não estou mais na linha de frente. E, confesso, isso me incomoda. Me pego, às vezes, frustrado ao ver algo que não foi feito como eu faria. Porque eu vejo o cliente como um tesouro. Porque sei que o resultado poderia ter sido ainda melhor com aquele meu capricho extra, com aquele cuidado que só quem sente a empresa na alma consegue ter.
Mas também sei que esse pensamento é uma armadilha.
Delegar dói. Porque envolve abrir mão de controle. Porque exige confiar. Porque quem executa pode errar - e vai errar. São pessoas. Cada uma com seu ritmo, seus limites, sua forma de enxergar o trabalho. E mesmo que você treine, acompanhe, oriente… nunca será 100% como você faria. E tudo bem.
Hoje, mais do que tentar controlar tudo, meu foco é formar pessoas. Criar cultura. Ensinar pelo exemplo. Mostrar o porquê do cuidado com o cliente, e não apenas o como. Porque é isso que sustenta uma empresa de verdade: um time que entende o propósito, mesmo que cada um tenha seu jeito.
Empreender não é fazer tudo sozinho. É construir algo que funcione mesmo quando você não estiver por perto. E isso exige maturidade, paciência... e uma dose de dor. Mas também traz liberdade. E, com o tempo, orgulho de ver o negócio crescendo pelas mãos de outros - mas com a essência que você plantou lá atrás.
Esses dias, conversando sobre inteligência artificial e o uso do ChatGPT no dia a dia dos negócios, surgiu uma frase que ficou martelando na cabeça: “Você sabe aquilo que você não sabe?”. Parece pegadinha filosófica, mas é uma pergunta essencial para quem empreende.
No mundo empresarial, a gente toma dezenas de decisões por dia. Algumas são baseadas em dados, outras na experiência, e muitas — sejamos honestos — no instinto. Mas quando usamos ferramentas como a IA para ajudar nessas escolhas, um novo tipo de risco aparece: o risco de confiar cegamente em algo que parece certo, mas não é.
A inteligência artificial pode ser uma aliada incrível. Ela organiza informações, acelera análises, sugere caminhos. Mas ela não pensa, não valida, e principalmente: não sabe se você está perguntando certo. E aqui mora o perigo.
Em negócios, confiar 100% em algo que você não domina é como seguir um GPS sem saber onde está — ele pode estar te levando para o mar. E o que torna isso mais grave? É que, muitas vezes, você nem percebe que não sabe o que está faltando saber.
É o famoso “não sei que não sei”. E isso é mais comum do que parece. Em uma empresa, ele se traduz em decisões mal embasadas, estratégias copiadas sem contexto, planilhas que ninguém auditou, contratos sem leitura cuidadosa e por aí vai.
Por isso, o empreendedor precisa cultivar uma habilidade rara: a consciência da própria ignorância. Quem sabe que não sabe, pergunta, valida, consulta um especialista, investiga. Quem acha que sabe, mas não sabe… quebra.
IA, planilhas, dashboards, consultorias, livros — tudo isso é ferramenta. Mas nenhuma substitui o bom senso, a responsabilidade pela decisão e, principalmente, a humildade em reconhecer os próprios limites.
No fim das contas, não é a IA que vai errar. É você. A responsabilidade continua sendo sua. A ferramenta ajuda, mas a cabeça que pensa, questiona e valida precisa ser a sua — ou da sua equipe.
Empreender, afinal, é mais sobre fazer boas perguntas do que ter todas as respostas. E talvez a mais poderosa delas continue sendo: você sabe aquilo que você não sabe?
Na vida real dos negócios, não é difícil encontrar empresários empolgados com os números de faturamento: “bati 1 milhão este mês!”, “a gente dobrou o volume em relação ao ano passado!”. Mas quando você pergunta como está o caixa, a conversa muda de tom.
Já ouviu a frase “caixa é rei, faturamento é ego”? No mundo do empreendedorismo, ela é quase uma regra de sobrevivência. Porque faturamento enche os olhos, mas é o dinheiro no caixa que paga as contas, garante salário dos funcionários e sustenta o negócio nos momentos difíceis.
É como aquela história do sujeito que ostenta um carrão financiado, mas não tem dinheiro para abastecer. Parece rico, mas está no vermelho. O faturamento pode mostrar crescimento, mas não revela o custo para manter a operação — e é aí que muitos se perdem.
Foco no caixa significa olhar com lupa para a entrada e saída de recursos, controlar o giro, negociar prazos, manter reservas e planejar com consciência. Não adianta vender muito e não sobrar nada no fim do mês.
Na prática, a pergunta certa não é “quanto sua empresa fatura?”, mas sim: quanto sobra? quanto está no caixa? quanto de verdade você pode reinvestir ou guardar?
Gestão financeira séria é aquela que troca vaidade por consistência. Porque empresa que cresce desordenadamente, sem caixa, vira castelo de areia: bonito por fora, frágil por dentro.
O recado é claro: quem governa a empresa é o caixa — ele é o rei. Todo o resto precisa trabalhar para fortalecê-lo.
Empreender é uma arte, uma ciência... e, às vezes, uma batalha contra as próprias leis não escritas da vida. Existem alguns princípios universais que, embora tenham nascido em outras áreas, se encaixam perfeitamente no dia a dia de quem decide construir um negócio.
Hoje, quero trazer cinco das leis mais famosas do mundo e mostrar como elas podem ser verdadeiros manuais de sobrevivência para quem empreende.
1. Lei de Murphy
“Se algo pode dar errado, dará.”
Essa é clássica! Todo empreendedor já viveu situações em que, mesmo planejando tudo, um detalhe escapou e causou um problemão. A lição aqui é simples: não basta torcer para que tudo dê certo. É preciso se preparar para o que pode dar errado. Ter planos de contingência, manter a calma diante dos imprevistos e adotar uma postura preventiva no negócio são atitudes que fazem toda a diferença.
2. Lei de Kidlin
“Se você escrever um problema de forma clara, ele se resolverá por si mesmo.”
Muitas vezes, a dificuldade está em entender exatamente o que estamos enfrentando. A prática de colocar os problemas no papel, estruturá-los e analisá-los de maneira clara ajuda a encontrar soluções de forma quase natural. No mundo dos negócios, clareza é poder. Um problema bem definido já está meio resolvido.
3. Lei de Gilbert
“O maior problema em muitos projetos é a impossibilidade de conciliar trabalho e comunicação.”
Comunicação interna ruim é uma das maiores causas de falhas em empresas. Quando a equipe não se entende, os erros se multiplicam. É aquela história: “o combinado não sai caro”.
4. Lei de Wilson
“Não há problema tão pequeno que, se ignorado, não se torne grande.”
É comum no empreendedorismo querer focar só nas grandes questões, mas a verdade é que são os pequenos detalhes que, se negligenciados, viram bolas de neve. Pequenas falhas em processos, pequenos atrasos em entregas, pequenos desencontros com clientes... tudo isso pode crescer e se tornar um grande problema. Empreender é ter atenção constante, até com o que parece mínimo.
5. Lei de Falkland
“Se não for necessário tomar uma decisão, é necessário não tomá-la.”
Empreendedores são, por natureza, tomadores de decisão. Mas nem sempre agir rápido é o melhor caminho. Em alguns casos, esperar o momento certo pode ser a decisão mais inteligente. Saber quando agir e quando aguardar é uma habilidade estratégica.
Empreendedorismo e negócios
Empreendedor de sucesso, o colunista compartilha sua experiência e conhecimento para facilitar a vida de quem atua no mundo dos negócios